De O GLOBO.COM.BR
O Globo
RIO - O juiz Luis Praxedes Vieira da Silva, titular da 1 Vara da Justiça Federal no Ceará, deu um prazo até as 12h46 da próxima segunda-feira para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) se manifestar sobre o pedido de anulação total do Enem, feito pelo procurador da República Oscar da Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF) do Ceará.
Na quinta-feira, o procurador cearense ajuizou uma ação exigindo que as provas dos mais de 4 milhões de candidatos do Enem no Brasil sejam anuladas. Costa Filho entrou com a ação depois de o MEC decidir que anularia somente os exames dos 639 alunos do Christus que tiveram acesso prévio às 14 questões da prova aplicada no último fim de semana. Segundo ele, a decisão é inconstitucional e qualquer anulação deveria englobar todos os candidatos.
Em outra medida que põe pressão sobre o MEC, a Defensoria Pública da União, em Brasília, recomendou ao Inep anulação do exame para os candidatos de todo o país ou, ao menos, das 14 questões a que os alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso previamente em uma apostila da escola. Já Em Belo Horizonte, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) recorreu ao MPF para garantir que o resultado do exame nacional não seja divulgado antes de o MEC definir se cancela ou não a prova em nível nacional.
- Queremos uma liminar para não divulgarem o resultado do Enem enquanto não houver a decisão sobre a anulação da prova. O MEC reconheceu que os alunos da Escola Christus tiveram o privilégio de conhecer essas questões, mas não podemos dimensionar a que nível chegou essa quebra de sigilo em outros estados. As escolas mineiras estão muito preocupadas com o descrédito que o Enem passa para os alunos e suas famílias - disse Barbini
" Pedimos uma liminar para não divulgarem o resultado do Enem enquanto não tiver saído a decisão sobre a anulação da prova (Barbini) "
Também na capital mineira, foi revelado na internet que o Colégio Bernoulli aplicou uma questão num simulado, em setembro, parecida com uma cobrada no Enem do último fim de semana. A pergunta 77 da prova da escola é bastante similar à questão 137 do caderno amarelo do exame do MEC. (Veja aqui a questão)
Segundo o MEC, trata-se apenas de uma "coincidência". O órgão informou que a escola não fornece itens para o Enem e que nenhum colégio mineiro sequer participou do pré-teste.
A pasta também negou que 320 alunos de um curso pré-vestibular que funciona no Colégio Christus, em Fortaleza, também tiveram acesso às 14 questões idênticas às do Enem que havia numa apostila da escola. De acordo com o MEC, a Polícia Federal trabalha com a hipótese de um professor de física ter passado o material para um grupo restrito de estudantes do curso regular de ensino médio.
Em nota, o colégio em Fortaleza informou que vai recorrer da decisão do Ministério de cancelar a prova dos alunos do Christus. A escola nega ter praticado qualquer ato ilegal. Para o colégio, a solução mais justa é anular somente as questões que vazaram.
RIO - O juiz Luis Praxedes Vieira da Silva, titular da 1 Vara da Justiça Federal no Ceará, deu um prazo até as 12h46 da próxima segunda-feira para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) se manifestar sobre o pedido de anulação total do Enem, feito pelo procurador da República Oscar da Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF) do Ceará.
Na quinta-feira, o procurador cearense ajuizou uma ação exigindo que as provas dos mais de 4 milhões de candidatos do Enem no Brasil sejam anuladas. Costa Filho entrou com a ação depois de o MEC decidir que anularia somente os exames dos 639 alunos do Christus que tiveram acesso prévio às 14 questões da prova aplicada no último fim de semana. Segundo ele, a decisão é inconstitucional e qualquer anulação deveria englobar todos os candidatos.
Em outra medida que põe pressão sobre o MEC, a Defensoria Pública da União, em Brasília, recomendou ao Inep anulação do exame para os candidatos de todo o país ou, ao menos, das 14 questões a que os alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso previamente em uma apostila da escola. Já Em Belo Horizonte, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) recorreu ao MPF para garantir que o resultado do exame nacional não seja divulgado antes de o MEC definir se cancela ou não a prova em nível nacional.
- Queremos uma liminar para não divulgarem o resultado do Enem enquanto não houver a decisão sobre a anulação da prova. O MEC reconheceu que os alunos da Escola Christus tiveram o privilégio de conhecer essas questões, mas não podemos dimensionar a que nível chegou essa quebra de sigilo em outros estados. As escolas mineiras estão muito preocupadas com o descrédito que o Enem passa para os alunos e suas famílias - disse Barbini
" Pedimos uma liminar para não divulgarem o resultado do Enem enquanto não tiver saído a decisão sobre a anulação da prova (Barbini) "
Também na capital mineira, foi revelado na internet que o Colégio Bernoulli aplicou uma questão num simulado, em setembro, parecida com uma cobrada no Enem do último fim de semana. A pergunta 77 da prova da escola é bastante similar à questão 137 do caderno amarelo do exame do MEC. (Veja aqui a questão)
Segundo o MEC, trata-se apenas de uma "coincidência". O órgão informou que a escola não fornece itens para o Enem e que nenhum colégio mineiro sequer participou do pré-teste.
A pasta também negou que 320 alunos de um curso pré-vestibular que funciona no Colégio Christus, em Fortaleza, também tiveram acesso às 14 questões idênticas às do Enem que havia numa apostila da escola. De acordo com o MEC, a Polícia Federal trabalha com a hipótese de um professor de física ter passado o material para um grupo restrito de estudantes do curso regular de ensino médio.
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CRISE:MEC reconhece vazamento de 14 questões para alunos de escola no Ceará
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