terça-feira, 11 de outubro de 2011

ECONOMIA: No fio da navalha

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL


O desafio das autoridades econômicas é definir qual o tamanho da inflação cabe no bolso dos eleitores preferenciais de Dilma, do PT e da nova classe média. Um indicador pode ser as greves que começaram a pipocar. A calmaria sindical com Lula começou a se agitar sob Dilma.

Ato falho?
O BC, com Alexandre Tombini à frente, em coro com todo o governo, tem assegurado que levará a inflação para o centro da meta, de 4,5% até o fim de 2012. Pois bem ! Em entrevista à "Folha de S.Paulo" de domingo, quando perguntado qual o Brasil espera deixar quando terminar o seu mandato no BC, saiu-se com esta : "Uma inflação estabilizada, na faixa de 4,5% (...)". O mandato dele termina, em tese, em 2014. Nenhum aperto anti-inflacionário maior até lá? Tombini, em outros tempos, já foi favorável à redução da meta de inflação atual.


E a meta de inflação ?
Com a divulgação do IPCA na semana passada, a inflação "oficial" (para fins de estabelecimento da meta de inflação) está em 7,31% nos últimos doze meses. Bem acima daquilo que se julga, digamos, razoável. De outro lado, ainda não estão sequer parcialmente incluídos os efeitos da recente alta da taxa de câmbio. Seria uma irresponsabilidade operar "no limite" da inflação numa espécie de torcida para que esta caia. Isto não é autoridade monetária, é loteria. Da entrevista do presidente do BC o que se extrai é quase nada de estratégia para resgatar um nível de variação de preços mais modesto. Ora, esta forma de agir de Tombini e seus companheiros de BC afetará não apenas a economia, mas a própria credibilidade institucional da autoridade monetária.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |