segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO: Demitidos da FTC denunciam desmandos da empresa em carta

Do POLÍTICA HOJE

Professores que até o último mês de dezembro trabalhavam no setor de Ensino à Distância da FTC divulgaram no início da noite desta quinta-feira (20) uma carta aberta à sociedade baiana em que apontam uma série de irregularidades trabalhistas as quais a instituição pratica. O documento é assinado em sua maioria por professores do curso de História, mas representa um universo de pelo menos 60 tutores que ensinavam nos cursos de História, Geografia, Biologia, Letras, Pedagogia e Matemática.
De acordo com o texto, todos foram demitidos no início do mês passado sem pagamento de nenhum direito trabalhista – aviso prévio, 13º salário, 1/3 de férias, e multa de 40% do recolhimento do FGTS -, além de sofrerem calote dos meses de outubro e novembro, normalmente trabalhados e nunca quitados. Além disto, é praxe na empresa jamais depositar o FGTS nas contas dos trabalhadores na Caixa Econômica Federal, de forma que nenhum professor sacado da FTC jamais teve nenhum tipo de proteção financeira para a fase pós-demissão.
Os professores alegam também que outros inúmeros colegas que já deixaram a instituição anteriormente e que obtiveram ganho de causa na Justiça do Trabalho também nunca receberam o que lhes é obrigatoriamente devido. Para, eles, a atitude denota “o descaso e o escárnio desta instituição para com seus docentes, discentes, leis trabalhistas e com a educação”. A carta foi escrita para ser replicada em redes sociais em busca, argumentam os mestres, de esclarecer a sociedade quanto à propaganda que a FTC faz da instituição e não demonstra na prática diante dos próprios funcionários.
“Na qualidade de educadores que vêm contribuindo no processo de construção de uma Educação de qualidade resolvemos expor nossa indignação com este tratamento vergonhoso engendrado na contramão dos direitos trabalhistas e convidar aqueles que concordam com a nossa interpretação, a se posicionarem publicamente sobre este assunto, uma vez que a FTC mantem-se no mercado propagandeando-se como faculdade de referência sempre conservando a qualidade, aspectos que não condizem com a falta de ética de sua prática”, defende a carta.
A onda de demissões teve início no último dia 1º de dezembro, o que instaurou um clima de pânico generalizado entre os trabalhadores do sistema FTC-EaD que já vinha sendo alimentado havia mais de um mês devido à falta de pagamento e especulações que vinham do Ministério da Educação. Não coincidentemente, o órgão, dois dias depois, suspendeu os cursos da empresa, que não poderia mais fazer vestibulares e nem solicitar ou acatar transferências. Segundo comunicado oficial do MEC, a FTC não atendeu a critérios técnicos. A assessoria de imprensa da FTC não foi encontrada para comentar o teor da carta e emitir declaração oficial sobre a manifestação.
Comentário: com a palavra a Procuradoria Regional do Trabalho, a Superintendencia Regional do Trabalho e o MEC.

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