sexta-feira, 23 de abril de 2010

MUNDO: Grécia pede ativação de ajuda financeira de US$ 60 bi

Da Folha on line
da Reportagem Local

O primeiro-ministro da Grécia, Giorgos Papandreou, pediu na manhã desta sexta-feira a ativação do mecanismo de ajuda FMI-União Europeia no valor de 45 bilhões de euros (cerca de US$ 60 bilhões).
Papandreou fez o anúncio pela televisão, pouco antes da viagem a Washington de seu ministro das Finanças, Giorgos Papaconstantinou, que se encontrará sábado com o diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn.
"A ativação do mecanismo [de ajuda financeira] é uma necessidade nacional, e por essa razão ordenei ao ministro das Finanças que faça todos os trabalhos necessários", disse o primeiro-ministro.
Ele lembrou ainda que "nossos sócios [da União Europeia] farão o necessário para (...) enviar aos mercados a mensagem de que a União Europeia não se arrisca e está protegendo o euro."
O plano de ajuda à Grécia, arquitetado pelo FMI e pelos países-membros da zona euro, prevê empréstimos de 45 bilhões de euros (US$ 60 bilhões) com juros de 5%.
Ontem, a Eurostat, a agência de estatísticas na União Europeia, revisou para cima pela terceira vez o deficit fiscal grego em 2009. Segundo o órgão, a Grécia teve deficit de 13,6% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, contra os 12,7% divulgado anteriormente.
O valor preocupa porque é muito maior do que o permitido pela União Europeia, que é de 3% ao ano, e mais do que o dobro da média da zona do euro no mesmo ano (6%).
O mercado respondeu rapidamente à revisão do dado: as taxas dos títulos gregos a dez anos bateram novo recorde desde a entrada do país na zona do euro, passando a casa dos 8,5% ao ano. Essa disparada foi decisiva para o pedido de ajuda do governo grego, já que estava tornando insustentável a rolagem da dívida.
Além disso, a agência de classificação de riscos Moody's baixou a classificação da dívida grega e advertiu que não descarta novas revisões para baixo. Em comunicado, a agência justificou sua decisão de reduzir a classificação do nível A2 para A3, o que significa um "risco grande de que a dívida só será estabilizada com um gasto maior do que o previsto anteriormente".

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