Do POLÍTICA LIVRE
Por RAUL MONTEIRO
Foge do razoável a tese, muito bem plantada por governistas, de que teria sido um mero “cochilo” o fato de três experientes deputados governistas – Álvaro Gomes, do PCdoB, Bira Coroa e Yulo Oiticica, ambos do PT – terem permitido que oposicionistas aprovassem hoje na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa cinco requerimentos de auditoria especial nas contas do governo baiano.
Em comportamento típico de neófitos, que não são, os três teriam assinado lista de presença na Comissão, garantindo quórum para seu funcionamento e deliberação, e deixado a sala da sessão, o que permitiu que os oposicionistas fizessem a festa em medidas para investigar e constranger o governo. Foram aprovadas auditorias especiais nos relatórios de gestão fiscal do primeiro e do terceiro quadrimestres de 2009.
Também foram autorizadas auditorias especiais nos convênios firmados entre a secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e o Instituto Brasil de Preservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável e em contrato da secretaria estadual de Saúde para a construção do Hospital Eládio Lassere, em Cajazeiras. Daí que o “cochilo” está mais para recado (ao governo) do que qualquer outro sinal.
Uma lembrança: Gomes recentemente fez carga contra o chapão na proporcional com o PR do senador César Borges, Yulo foi recentemente preterido em indicação para a secretaria estadual de Desenvolvimento Social e Bira também andaria bastante preocupado com sua reeleição, com a entrada em cena no PT da presidente da Câmara de Camaçari, Luíza Maia, que deve se eleger à Assembleia.
É a idéia do chapão corroendo o humor dos governistas na Assembléia.
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