sábado, 10 de abril de 2010

CIDADE: Bombeiros confirmam 223 mortes do RJ; 140 corpos foram resgatados em Niterói

Do UOL Notícias, em São Paulo

Segundo o último levantamento divulgado pelo Corpo de Bombeiros na tarde deste sábado (10), o total de mortos devido às chuvas no Estado do Rio de Janeiro chega a 223. Os dois últimos corpos foram encontrados no município de Niterói, porém os bombeiros não confirmam a localização exata.
Até o momento, foram registradas 140 mortes em Niterói, 63 na cidade do Rio de Janeiro, 16 em São Gonçalo, uma em Petrópolis, uma em Nilópolis, uma em Paracambi e uma em Magé. O número de vítimas, entre mortos e feridos, chega a 384.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), visitou na tarde de ontem (9) o morro do Bumba, onde houve um deslizamento de terra na noite da última quarta-feira (7), e disse que as estimativas apontam que ainda existem de 100 e 150 corpos soterrados ali. "A situação é estarrecedora", afirmou. A prefeitura e a Defesa Civil já haviam apontado que cerca de 200 pessoas moravam no local, onde existiam ao menos 50 casas. Para o subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel José Paulo Miranda, será difícil resgatar alguém com vida.As buscas em Niterói, cidade mais atingida, acontecem 24 horas por dia. Cerca de 300 homens, entre integrantes da Força Nacional de Segurança (FNS), policiais civis, bombeiros e policiais militares, trabalham no local com a ajuda de máquinas.
O trabalho de resgate não tem prazo para terminar e, segundo o governador Sérgio Cabral (PMDB), deve
durar cerca de duas semanas.
Segundo a prefeitura de Niterói, cerca de 6.000 pessoas estão em um dos 64 abrigos reservados para as vítimas das chuvas na cidade. O órgão informou ainda que a cidade recebeu até o momento mais de 20 toneladas de doações, entre alimentos, roupas, produtos de higiene pessoal e colchões.
Moradores reclamam que não recebem ajuda para a mudançaO drama de quem viu bem de perto a tragédia do Morro do Bumba, com a lama de um lixão engolindo dezenas de casas e pessoas, continua. Os vizinhos que se salvaram são obrigados agora a sair do local. Suas casas foram interditadas pela Defesa Civil e famílias inteiras têm que deixar às pressas os imóveis.
Os moradores não sabem para onde ir. Sem ajuda do Poder Público, tentam carregar nas costas o pouco que lhes restou. Roupas, móveis e eletrodomésticos ficam do lado de fora, cobertos por plásticos, para evitar que a chuva estrague tudo.
Para o aposentado Norival dos Santos, que comprou uma casa há 12 anos naquele que parecia um lugar seguro, o destino é incerto. “A vida da gente agora é pedir a Deus que dê um abrigo para cada um de nós. Até agora não deram ajuda nenhuma para sairmos daqui. Estamos sem luz, não temos comunicação com nada, não tenho visto televisão, nem escutado rádio”, contou Norival, que investiu todas suas economias na pequena casa, que agora ameaça desabar na cratera que se formou com a avalanche.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |