Do blog do NOBLAT
Saudade
Belos amores perdidos,
Muito fiz eu com perder-vos;
Deixar-vos, sim: esquecer-vos
Fora demais, não o fiz.
Tudo se arranca do seio,
— Amor, desejo, esperança...
Só não se arranca a lembrança
De quando se foi feliz.
Roseira de tanta rosa,
Roseira de tanto espinho,
Que eu deixei pelo caminho,
Aberta em flor, e parti:
Por me não perder, perdi-te:
Mas mal posso assegurar-me,
— Com te perder e ganhar-me,
Se ganhei, ou se perdi...
Vicente Augusto de Carvalho (Santos, São Paulo, 5 de abril de 1866 - Santos, 22 de abril de 1924). - Além de poeta, foi contista, jornalista, advogado e deputado. Ligado ao parnasianismo, seus livros mais conhecidos são: Ardentia (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor (1902), Poemas e Canções (1908) e Versos da Mocidade (1909). Foi membro da Academia Brasileira de Letras.
Belos amores perdidos,
Muito fiz eu com perder-vos;
Deixar-vos, sim: esquecer-vos
Fora demais, não o fiz.
Tudo se arranca do seio,
— Amor, desejo, esperança...
Só não se arranca a lembrança
De quando se foi feliz.
Roseira de tanta rosa,
Roseira de tanto espinho,
Que eu deixei pelo caminho,
Aberta em flor, e parti:
Por me não perder, perdi-te:
Mas mal posso assegurar-me,
— Com te perder e ganhar-me,
Se ganhei, ou se perdi...
Vicente Augusto de Carvalho (Santos, São Paulo, 5 de abril de 1866 - Santos, 22 de abril de 1924). - Além de poeta, foi contista, jornalista, advogado e deputado. Ligado ao parnasianismo, seus livros mais conhecidos são: Ardentia (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor (1902), Poemas e Canções (1908) e Versos da Mocidade (1909). Foi membro da Academia Brasileira de Letras.
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