quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

LAVA-JATO: Lula desiste de ir a São Paulo para se encontrar com parentes

OGLOBO.COM.BR
Bela Megale

Para ex-presidente, decisão veio tarde, porque o enterro já havia acontecido

O ex-presidente Lula participa de lançamento de livro em São Paulo Foto: Nelson Almeida/AFP/16-03-2018

BRASÍLIA — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não ir para São Paulo encontrar seus famíliares após a morte do seu irmão Genival Inácio da Silva, , oVavá. Assim que foi informado dadecisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o autorizou a ir para São Paulo, o petista disse que ela veio tarde, porque o enterro já havia acontecido.
A defesa do ex-presidente, porém, chegou a tentar demovê-lo da ideia e convencê-lo a viajar. Na avaliação dos advogados do petista, houve um reconhecimento, ainda que tardio e com restrições em excesso, do direito de Lula de ver seus parentes após a morte do irmão. Segundo pessoas que estiveram com o ex-presidente, ele não escondeu a tristeza por não estar presente no sepultamento de Vavá.
Na decisão, o ministro Dias Toffoli autorizou a Polícia Federal (PF) a levar Lula a São Paulo, mas não para ir ao local do velório. O petista deveria ser levado a uma unidade da Polícia local onde poderá se encontrar com os parentes. O ex-ministro proibiu o uso de aparelhos celulares no encontro e também o acesso à imprensa. O presidente do STF ainda proibiu Lula de fazer declaração pública.
O irmão de Lula morreu na terça-feira de manhã, aos 79 anos. Primeiro, a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente, negou o pedido . Ela se baseou na declaração da Polícia Federal e do Ministério Público de que não haveria tempo suficiente para montar uma logística de transporte do ex-presidente até o local.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado por Moro em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão MAURO PIMENTEL / AFP

Após negativa, os advogados recorreram ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a segunda instância. Por volta das 5h, o desembargador Leandro Paulsen, responsável pelo plantão na Corte, também negou a solicitação.
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou ontem que a liberação do ex-presidente para ir ao velório do irmão trata-se de uma questão humanitária .

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