quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ECONOMIA: Dólar cede pouco e fecha cotado a R$ 4,15; Bolsa sobe 0,63%

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POR O GLOBO

Disputa eleitoral segue no radar, mas cenário externo também ajudou

Mulher conta notas de dólar, a moeda oficial dos Estados Unidos - Marcos Brindicci / Reuters

SÃO PAULO — Em um pregão de menor volatilidade, o dólar comercial terminou o pregão em leve queda de 0,12% ante o real, cotado a R$ 4,15. Apesar do recuo, a moeda americana não conseguiu compensar toda a valorização do pregão anterior, quando subiu 1,48%. A oscilação da moeda americana continua sendo influenciada, principalmente, pelo cenário eleitoral brasileiro. O Ibovespa, principal índice do mercado local, registrou alta de 0,63%, aos 75.124 pontos.
Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, lembra que a volatilidade irá persistir nas próximas semanas, incluindo aí o período pós-eleitoral. 
- O mercado busca um candidato que tenha condições de executar as reformas e manter uma política econômica liberal, aí o que vemos hoje é uma visão mais maniqueísta, de quem deve ser avesso ou não a esse liberalismo - avaliou.
Logo no início dos negócios, os investidores reagiram aos dados da última pesquisa eleitoral, do Ibope, divulgada na noite da terça-feira.
Na avaliação de Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial, enquanto não houver uma definição do quadro, o mercado continuará agindo de forma intensa às pesquisas, mas mais por especulação do que convicção no quadro sugerido. 
—Só vamos ter uma clareza sobre as eleições às vésperas do primeiro turno. Até vai ter muita volatilidade, com fortes altas e queda. Mas é pura especulação eleitoral — avaliou. 
No exterior, o dólar também perdeu força. O "dollar index", que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, tinha queda de 0,45% próximo ao horário de encerramento dos negócios no Brasil. Os investidores repercutiram os dados do Livro Bege, nos Estados Unidos.
- A divulgação do Livro Bege, informando que as empresas mantiveram-se otimistas e o emprego cresceu modestamente em quase todo o país, ajudou para a depreciação da moeda - avaliou Guilherme França Esquelbek, analista da Correparti Corretora de Câmbio.
Estatais se recuperam
No mercado de ações local, as ações de estatais se recuperaram após as fortes perdas do pregão anterior. Entre os papéis do Ibovespa, a Eletrobras liderou os ganhos. As ordinárias avançaram 4,73% e as preferenciais tiveram alta de 2,75%. 
A Petrobras também registrou valorização, mesmo com o adiamento do leilão de petróleo para o ano que vem. As preferenciais subiram 2,43% e as ordinárias tiveram alta de 2,69%. No exterior, o óleo tinha alta de 0,83%, a US$ 79,72 o barril do tipo Brent. 
Os bancos, de maior peso na composição do Ibovespa, também ficaram em terreno positivo, mas com ganhos pouco expressivos. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco subiram, respectivamente, 0,29% e 0,04%. As ações do Banco do Brasil subiram 0,14%.

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