sexta-feira, 14 de setembro de 2018

ECONOMIA: Após recorde, dólar recua 0,71% e fecha a R$ 4,167

OGLOBO.COM.BR
POR ANA PAULA RIBEIRO / GABRIEL MARTINS

Ibovespa sobe 0,99%; Investidores aguardam novas pesquisas de intenção de voto

Cenário eleitoral faz com que dólar alcance cotações históricas - Jose Luis Gonzalez / Reuters

SÃO PAULO E RIO — Um dia após atingir seu recorde histórico, o dólar comercial recuou e fechou em queda de 0,71% ante o real, cotado a R$ 4,167. Na véspera, a divisa chegou a R$ 4,195, maior cotação do Plano Real. O Ibovespa, principal índice de ações local, subiu 0,99%, aos 75.429 pontos. Os investidores atuam com cautela frente à apreensão em relação ao cenário eleitoral e de olho nas pesquisas de intenção de voto.
O dólar foii na contração do mercado externo. O "dollar index", que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, subia 0,45% próximo ao horário de encerramento dos negócios no Brasil. A valorização está relacionado à intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em dar continuidade no aumento das tarifas de importação para até US$ 200 bilhões em produtos da China, independente das negociações com o país asiático.
- O dólar estava enfraquecido com os dados econômicos americanos abaixo da expectativa, mas essa postura de Trump, de que vai impor as taxas independente das negociações com os chineses, arrefeceu esse movimento - avaliou Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.
Já Ricardo Gomes da Silva Filho, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio, lembra que é natural uma postura mais defensiva dos investidores devido ao quadro eleitoral. É esperado para as 19h uma nova pesquisa, dessa vez do Datafolha. No entanto, ele lembra que como o dólar chegou aos R$ 4,20, os começam a temer uma atuação do Banco Central e por isso desfazem posições, ajudando na desvalorização do dólar.
- As operações de desmonte de posições foram gradativamente conduzindo as cotações do dólar para níveis cada vez mais baixos até o seu fechamento - avaliou. 
No acumulado do ano, o dólar registra valorização de mais de 26%. Quando a comparação é somente em relação aos 13 primeiros dias de setembro, a moeda já tem avanço de 3% em relação ao real.
No mercado de ações, a alta do Ibovespa foi sustentada pelo desempenho da Vale e da Petrobras. 
- Há uma expectativa em torno das próximas pesquisas eleitorais. E na segunda-feira também o vencimento de opções de ações (quando investidores apostam na valorização ou desvalorização de um papel), o que pode ser um vetor positivo para a Bolsa - afirmou Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos.
Os papéis da mineradora avançaram 2,64% com os dados de produção industrial na China, que vieram acima do esperado - o mercado chinês é o principal destino do minério da Vale.
Ainda entre as mais negociadas, as preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras registraram alta de 0,43% e as ordinárias (ON, com direito a voto) operaram com valorização de 0,69%.
Ainda entre as estatais, as PNs da Eletrobras despencaram 3,48% e as ONs caíram 2,94%.
Os bancos, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa, passaram a operar em terreno positivo. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco subiram, respectivamente, 1,76% e 0,43%. No caso do Banco do Brasil, a alta foi de 0,81%.
Dólar turismo acima de R$ 4,60
Nas corretoras de câmbio do Rio, a cotação do dólar comercial varia entre R$ 4,33 no papel-moeda e R$ 4,65 no cartão pré-pago, nesta sexta-feira. As cotações já consideraram o Imposto sobre Operações FInanceiras (IOF), de 1,1% e 6,38%, respectivamente.

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