quinta-feira, 2 de agosto de 2018

ANÁLISE: A máquina hegemônica mói mais um aliado na eleição presidencial

OGLOBO.COM.BR
POR PAULO CELSO PEREIRA

Desde 1989, PT atropela qualquer nome que tente ameaçar seu poder na esquerda brasileira

Leonel Brizola, quando governador do Rio, e Luis Inácio Lula da Silva em 1985 - Antonio Moura / Agência O Globo

BRASÍLIA — Foi por 450 mil votos que Luiz Inácio Lula da Silva tirou Leonel Brizola do segundo turno da eleição presidencial de 1989 e deu início à hegemonia do PT no comando da esquerda brasileira. Desde então, o partido não hesitou em atropelar qualquer nome que tentasse ameaçar seu poder.
A dinâmica externa replica a atuação interna de Lula. Foi para não permitir que alguém lhe fizesse sombra que o ex-presidente optou por lançar Dilma Rousseff — recém-chegada ao PT e sem qualquer expressão eleitoral — para sucedê-lo em 2010.
Um dos maiores símbolos do partido, Marina Silva decidiu abandonar a legenda que ajudou a organizar para disputar seus eleitores. Quando tornou-se competitiva, ao se aliar com o PSB em 2014, acabou trucidada pela campanha de Dilma.
Hoje, com Lula preso e a rejeição nas alturas, o desafio do PT é ainda maior. Sem ter como garantir a unidade da esquerda em torno de um candidato indefinido, restou fazer o necessário para impedir que Ciro Gomes — ironicamente um dos mais fieis escudeiros de Lula na crise do mensalão — possa se apresentar na TV como alternativa.

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