terça-feira, 5 de dezembro de 2017

POLÍTICA: Alckmin rebate Meirelles: 'Faremos aliança com quem não tiver candidato'

OGLOBO.COM.BR
POR CHICO PRADO

Governador aposta em 'boa aliança' em torno de seu nome para a Presidência em 2018

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, após reunnião com Marconi Perillo e Tasso Jereissati - Marcos Alves / Agência O Globo

SÃO PAULO - Em resposta à declaração do ministro da Fazenda Henrique Meirelles de que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não será o candidato do governo Michel Temer nas eleições de 2018, o tucano afirmou nesta terça-feira que só é possível fazer coligação com quem não tem candidato. Apesar disso, Alckmin disse acreditar que sua candidatura terá uma "boa aliança".
— Nós só vamos discutir a questão eleitoral no ano que vem. O PSDB fez em outubro as convenções municipais, em novembro as estaduais e fará, no dia 9 de dezembro, a convenção nacional. Nós só podemos fazer aliança com quem não tiver candidato e acho que vamos ter uma boa aliança — afirmou Alckmin, durante entrega de habitações populares em São Paulo.
Na segunda-feira, em entrevista à "Folha de S.Paulo", Meirelles havia dito que o governo Temer terá um candidato próprio e que ele não será Alckmin. A declaração acirrou a tensão entre o Planalto e o PSDB. Assim como Alckmin, Meirelles tem o nome colocado na lista de possíveis candidatos ao Palácio do Planalto.
Ao responder se é bom ou ruim herdar o legado do governo Temer, o governador respondeu que "todo governo tem seus aspectos positivos e tem suas dificuldades". Alckmin comemorou o fato de figurar em pesquisas de intenção de voto com índices entre 6% e 12%, dependendo do cenário testado.
— É um bom começo, acho que é um bom cenário — disse.
No último Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece na liderança com 34% das intenções de voto, seguido pelo deputado federal Jair Bolsonaro, com 17%. O governador atribuiu a recall eleitoral, a memória que o eleitor tem de outras eleições, os desempenhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do deputado Jair Bolsonaro (PSC) nos levantamentos mais recentes.
— Na realidade, quando você faz pesquisa um ano antes, ela vale, mas sob o ponto de vista estatístico, e não político. Os argumentos da eleição vão ser lá na frente, e a população vai ser muito exigente.
Internamente, Alckmin disse que está disposto a disputar prévias eleitorais no PSDB com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que já colocou o nome na disputa.
— Nenhum problema. Prévia não divide, prévia escolhe.

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