segunda-feira, 6 de novembro de 2017

POLÍTICA: Corrente petista contesta negociações para aliança com PMDB

OGLOBO.COM.BR
POR SÉRGIO ROXO

Para Democracia Socialista, o partido não pode se reaproximar de ‘golpistas’

O ex-presidente Lula ao lado do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho - RICARDO STUCKERT / Divulgação

SÃO PAULO - A corrente petista Democracia Socialista (DS) divulgou nota nesta segunda-feira com contestação às negociações que são sendo feitas pela cúpula do partido para firmar alianças com o PMDB nos estados para a eleição de 2018. O foco principal do grupo são as tratativas com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o seu filho, o governador de Alagoas, Renan Filho.
“Em Alagoas, assim como em outros estados, é preciso reconstruir o PT com independência de classe, ao lado dos movimentos sindicais e populares, com programa e alianças de esquerda. Para a DS, petista não vota em golpista, não apoia governos golpistas e não participa de governos golpistas”, afirma a nota. A Democracia Socialista, que tem como integrantes, entre outros, os ex-ministros Miguel Rossetto e Pepe Vargas, integra a Mensagem ao Partido, segunda força interna do PT.
O PT negocia alianças com o PMDB em pelo menos seis estados para o próximo ano: além de Alagoas, Ceará, Minas, Piauí, Paraná e Sergipe. Dirigentes petistas, como o presidente do diretório de São Paulo da legenda, Luiz Marinho, próximo do ex-presidente Lula, tem defendido uma revisão da proibição de alianças com políticos que apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No ano passado, Renan votou a favor do afastamento de Dilma no Senado. Na época, o PT rompeu com o governo de Renan Filho, mas agora definiu que voltará à participar da gestão estadual em Alagoas.
Outro político que defendeu o impeachment e deve receber o apoio do PT no ano que vem é o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Eunício planeja tentar um novo mandato de senador na mesma chapa que o governador do Ceará, o petista Camilo Santana.
Lula tem se movimentado para se reaproximar de políticos até recentemente classificava como “golpistas”. Ele argumenta que, caso seja eleito presidente, precisará contar com o apoio de diversos partidos para ter uma base sólida no Congresso Nacional.

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