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POR O GLOBO
Presidente encontra empresários e imperador do Japão e diz que é preciso crescer com estabilidade
Temer discursa na federação nacional das indústrias do Japão - Reprodução
TÓQUIO - No almoço com empresários japoneses nesta quarta-feira, o presidente Michel Temer destacou que o principal objetivo da visita ao Japão é recuperar e melhorar as relações comerciais e industriais, afetadas pela crise brasileira, e atrair novos investimentos. O presidente aproveitou para ressaltar que a PEC do teto dos gastos públicos é o primeiro passo para seriedade governamental.
— Ouso dizer que esta é medida legislativa mais séria e responsável que se deu desde o Brasil promulgou a nova Constituição. Portanto, este equilíbrio das contas públicas visa a dar proteção à economia em face de eventuais desequilíbrios de natureza fiscal.
O presidente afirmou, antes do almoço na federação nacional das indústrias japonesas, Keidanren, que há cerca de 700 empresas japonesas no Brasil e destacou que um dos objetivos centrais é incrementar e incentivar essas relações entre o Brasil e com o Japão, que tem longa história de desenvolvimento com o país.
Temer comentou o "recomeço" do Brasil no cenário econômico e político, ao citar a aprovação de projetos importantes no Congresso desde quando assumiu a presidência da República.
— O Brasil é um país grande, não só pelos 200 milhões de habitantes, mas um grande centro de produção e oportunidades. Nós hoje temos a ideia de que ser simplesmente grande não basta. É preciso ser grande com estabilidade institucional e segurança jurídica, o que é que estamos vivendo de um dois meses para cá — disse o presidente, acrescentando que quem investir no país agora encontrará um ambiente "seguro, previsível e racional".
Temer voltou a lembrar do papel do Japão na história brasileira e destacou o vínculo humano e afetivo com o país. Esta é primeira visita em 11 anos de um chefe de estado brasileiro para o Japão. Mais cedo, o presidente encontrou o imperador japonês Akihito. Ainda está prevista para estar quarta-feira uma reunião com o primeiro-ministro Shinzo Abe.
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