segunda-feira, 11 de julho de 2016

GERAL: Polícia diz que explosão de prédio em São Conrado, no Rio, foi intencional

OGLOBO.COM.BR
Do G1 Rio

Delegado diz que alemão instalou rabicho de gás errado propositalmente.
Markus tinha passagem pela polícia na Alemanha por pedofilia e fraudes.

A Polícia Civil do Rio acredita que a explosão que matou o alemão Markus Muller em um prédio em São Conrado, na Zona Sul do Rio no ano passado, não foi um acidente e teria sido provocada pela própria vítima, como informou, com exclusividade, a GloboNews nesta segunda-feira (11). Com base em informações como o laudo pericial, a polícia chegou à conclusão de que o alemão teria instalado o rabicho de gás de forma errada propositalmente.
Os investigadores ainda descobriram que Markus Muller tinha passagem pela polícia na Alemanha por pedofilia e fraudes.
Segundo a GloboNews, o delegado José Alberto Lage está convicto de que o alemão instalou o rabicho de gás de forma errada intencionalmente para provocar a explosão.
Com base nos depoimentos, o delegado também concluiu que Markus era uma pessoa de pouquíssimas amizades e que não tinha empregados domésticos, mas usaria menores da Rocinha para serviços domésticos.
Para convencer os pais desses menores a deixá-los frequentar o apartamento dele, Markus dizia que era empresário de futebol. Porém, o delegado afirma não haver provas de que isso seja verdade.
Dívidas
O delegado disse ainda que Markus estava com dívidas pessoais, bancárias e também devendo aluguel do apartamento onde morava. No inquérito que apurou as causas da explosão, há um ofício do consulado Geral da Alemanha em São Paulo. O documento, ao que a GloboNews teve acesso com exclusividade, diz que Markus Muller teve várias passagens pela polícia na Alemanha.
Em 1998 e 2005, ele foi investigado por abuso sexual de crianças menores de 14 anos.
Em 2000, por abuso sexual de menores dependentes. Em 2008, o alemão respondeu por fraude associada ao crédito e, em 2009, por apropriação indébita de um carro.
O consulado diz não saber se Markus Muller chegou a ser condenado nestas acusações e afirma que não havia mandado de prisão contra ele na época da explosão em São Conrado.
No relatório final do inquérito, o delegado responsável escreveu estar convicto de que o ato de não instalar corretamente o rabicho foi intencional para que a explosão ocorresse, mas não diz o motivo que o levou a essa convicção.
Explosão no apartamento
A explosão no apartamento 1001 do Edificio Canoas, em São Conrado, foi na madrugada do dia 18 de maio do ano passado. O alemão Markus Muller era a única pessoa que estava no apartamento. A explosão destruiu várias unidades do prédio - que está interditado até hoje.
A perícia da Polícia Civil conseguiu imagens do circuito de segurança do prédio da noite anterior à explosão, que mostram o alemão carregando dentro de uma sacola um rabicho que liga a tubulação de gás na parede até o aquecedor.
Os peritos também constataram que o rabicho não foi rosqueado totalmente, o que teria causado o vazamento de gás. De madrugada, quando ele acendeu a luz de um dos cômodos, houve a explosão que causou queimaduras graves em Markus e deixou uma parte do prédio destruída. O alemão morreu dias depois no hospital.

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