terça-feira, 24 de maio de 2016

ECONOMIA: Dólar fecha a R$ 3,576, com medidas econômicas e desafio no Congresso

Do UOL, em São Paulo

O dólar comercial fechou esta terça-feira (24) em queda 0,19%, a R$ 3,576 na venda, em um dia instável. 
Na véspera, o dólar havia subido 1,87%. Com isso, a moeda acumula alta de 3,94% no mês. No ano, no entanto, a moeda tem desvalorização de 9,44%.
Anúncio de medidas
O dólar operou a maior parte do dia em queda, e chegou a cair mais de 1% pela manhã, após o anúncio de medidas do governo para tentar melhorar as contas públicas e estimular a economia.
O presidente interino, Michel Temer, sugeriu enviar uma emenda à Constituição para limitar os gastos públicos e acabar com o Fundo Soberano, espécie de poupança criada em 2008 para usar em períodos de crise.
Outras medidas apresentadas foram o pagamento antecipado de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a União e a discussão sobre a Petrobras ter, obrigatoriamente, que participar da exploração de petróleo no pré-sal.
Rombo de R$ 170,5 bi
À tarde, porém, o dólar anulou a queda e chegou a operar em alta, em meio a avaliações de que o governo deve enfrentar dificuldades em seu primeiro grande teste no Congresso Nacional: aprovar a nova meta fiscal. 
O governo está pedindo ao Congresso autorização para ter um rombo de R$ 170,5 bilhões nas contas deste ano.
"Está ficando claro que o governo não tem uma força tão grande no Congresso, especialmente depois da saída do Jucá. Pode ser que fique preso na mesma armadilha em que caiu o governo anterior, tendo que lutar por apoio", disse o operador de um importante banco nacional, referindo-se ao ex-ministro do Planejamento Romero Jucá.
Na véspera, foi divulgado áudio de conversa de Jucá sugerindo que poderia tentar frear o avanço da Operação Lava Jato. O vazamento da conversa levou à queda do ministro. 
"O mercado está trabalhando com o cenário de que a meta passa. Um cenário diferente --atrasos na aprovação, autorização para gastos adicionais-- pode gerar algum nervosismo", disse, pela manhã, o especialista em câmbio da corretora Icap, Ítalo Abucater.
Sem atuação do BC
Pela quarta sessão seguida, o Banco Central não fez leilões de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares.
Dólar mais baixo tende a prejudicar a atividade de exportadores ao encarecer produtos brasileiros. Por outro lado, o dólar forte pode pesar sobre a inflação local.
(Com Reuters)

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