quarta-feira, 27 de abril de 2016

ECONOMIA: BC mantém juros em 14,25% pela sexta reunião seguida

Do UOL, em São Paulo

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (27), manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, como esperado pela maior parte dos analistas de mercado. É a sexta reunião seguida em que a taxa é mantida no mesmo nível.
A decisão foi unânime. Em seu comunicado, o BC disse que "reconhece os avanços na política de combate à inflação", mas que ela ainda está muito alta para permitir uma queda nos juros.
A Selic influencia todos os juros do país, mas é só uma referência: as taxas cobradas dos consumidores são muito mais altas. Economistas dizem que a poupança está ruim como investimento, e o melhor são os fundos de investimento.
Veja as taxas de juros definidas nas últimas reuniões do BC:
abr/16: 14,25%
mar/16: 14,25%
jan/16: 14,25%
nov/15: 14,25%
out/15: 14,25%
set/15: 14,25%
jul/15: 14,25%
jun/15: 13,75%
abr/15: 13,25%
mar/15: 12,75%
jan/15: 12,25%
Previsões
A maioria dos analistas de mercado consultados pelo BC para o Boletim Focus esperava que a taxa fosse mantida no mesmo nível.
Segundo eles, os juros devem começar a cair no fim de agosto, até fechar este ano a 13,25%. 
Juros X Inflação
Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. 
A meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 2 pontos, ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.
A inflação tem desacelerado nos últimos meses, mas ainda continua bem acima do limite máximo: chegou a 9,34% em 12 meses, segundo os dados mais recentes, da prévia da inflação (IPCA-15) em abril. 
Porém, os juros também estão altos e o país está em recessão. Se o BC subir ainda mais os juros, corre o risco de fazer a economia encolher ainda mais.
Juros para o consumidor são mais altos
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. 
Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial em fevereiro chegou a 293,9% ao ano e os juros do rotativo do cartão de crédito, a 447,5% ao ano.
Como sua vida é afetada pelos juros altos?
Empréstimos e financiamentos ficam caros (prestação de uma geladeira ou um carro);
Sobe o desemprego porque as empresas investem menos;
As pessoas cortam gastos. Isso ajudaria a reduzir a inflação;
A economia enfraquece (o PIB, Produto Interno Bruto, cai);
A poupança rende com seu potencial máximo. Quando a Selic está igual ou inferior a 8,5% ao ano, rende menos. Como está acima, vai dar 6,17% ao ano mais a TR;
Os juros altos aumentam o rendimento com investimentos em certos títulos públicos, como o Tesouro Selic.
(Com Reuters e Valor)

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