quinta-feira, 16 de julho de 2015

MUNDO: Eurogrupo aprova empréstimo emergencial de 7 bi de euros à Grécia

FOLHA.COM.BR
DA EFE
Aris Messinis - 7.jul.2015/AFP


O Eurogrupo, que reúne ministros de Economia e Finanças da zona do euro, deu sinal verde nesta quinta-feira (16) para o desembolso de € 7 bilhões para que a Grécia honre suas obrigações financeiras urgentes enquanto negocia o resgate de até € 86 bilhões costurado por líderes europeus.
Em comunicado, o Eurogrupo assinalou que, após receber "a avaliação positiva das instituições", dava o sinal verde ao crédito por três anos.
Além disso, informou que esse empréstimo a favor "da estabilidade da Grécia, está submetido a que sejam concluídos os diversos processos nacionais".
Segundo informação repassada à agência internacional EFE por fontes diplomáticas, o objetivo é que a verba seja liberada no máximo na segunda-feira.
Com o dinheiro, a Grécia poderá honrar pagamentos como o de € 3,5 bilhões ao BCE (Banco Central Europeu) que vence em 20 de julho. O objetivo é que o fundo fique a cargo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), que é da União Europeia, e não da zona do euro.
Para resolver a oposição de Reino Unido, Suécia e Dinamarca ao uso de fundos do orçamento europeu para a Grécia, a zona do euro decidiu alimentar o fundo com os lucros gerados pelas operações com bônus gregos nas mãos do BCE —em torno de cerca de € 3,3 bilhões deste ano e do anterior— como garantia.
Assim, no caso de Atenas não devolver parte do dinheiro emprestado, as perdas seriam assumidas somente pela zona do euro, e não pela União Europeia, segundo as fontes diplomáticas consultadas.
A decisão tem que receber agora o sinal verde dos 28 países do bloco, o que se espera que aconteça de maneira iminente, de modo que os Parlamentos nacionais que têm que ser consultados também possam realizar os trâmites necessários antes do sábado.
O Eurogrupo também constatou que as medidas aprovadas pelo Parlamento grego e o compromisso de adotar uma nova bateria de ações na semana passada servem para começar as negociações do terceiro resgate ao país, que deve ser de € 82 bilhões a € 86 bilhões.
Por isso, deram seu "aval político" ao início das conversas, uma decisão que também tem que ser consultada com Parlamentos nacionais como o alemão.
Os primeiros passos para que as negociações continuem já foram dados, com a aprovação nesta quarta-feira pelos Parlamentos francês e grego e, nesta quinta-feira, pelo parlamento finlandês.
EMPRÉSTIMO PARA OS BANCOS
Após a liberação dos € 7 bilhões, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu também aumentar o limite da Assistência Emergencial de Liquidez (ELA na sigla em inglês) em € 900 milhões, para € 89,5 bilhões.
Em entrevista coletiva, o presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou que "as coisas mudaram agora". "Tivemos uma série de notícias com a aprovação do pacote de empréstimo-ponte, com as votações em vários Parlamentos, que restauraram as condições para uma elevação do ELA", afirmou.
O conselho de governo votou por uma maioria de dois terços a favor de aprovar a solicitação do Banco da Grécia, explicou Draghi ao ser perguntado se a decisão foi tomada por unanimidade.
Esta provisão de liquidez de emergência é mais cara que a que oferece o BCE em suas operações de refinanciamento ordinárias e custa 1,55%, juros que os bancos gregos pagam ao Banco da Grécia (banco central grego).
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", a verba deve impedir que o dinheiro falte nos caixas eletrônicos nos próximos dias.
Desde o dia 29 de junho, os bancos estão fechados para a maior parte da população, e gregos podem sacar em caixas eletrônicos apenas € 60 por dia.

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