sexta-feira, 17 de julho de 2015

CASO PETROBRAS: Em resposta a Cunha, Moro diz que não pode silenciar testemunhas

OGLOBO.COM.BR
POR THAIS SKODOWSKI, ESPECIAL PARA O GLOBO

Para presidente da Câmara, juiz ‘acha que é o dono do país’

CURITIBA — O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, rebateu na tarde desta sexta-feira os ataques do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)de que ele teria agido além das suas atribuições. O peemedebista criticou o fato de o juiz Sérgio Moro ter ouvido o consultor Júlio Camargo, que no último depoimento o acusou de pedir US$ 5 milhões em propina. Segundo Cunha, Moro não poderia ter conduzido o processo pois ele, como deputado, tem foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado se defendeu dizendo que não se pode silenciar as testemunhas.
“A 13ª Vara de Curitiba conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo”, afirma nota, assinada por Moro.
Nas acusações, Cunha afirmou que iria pedir que as acusações contra ele fossem transferidas à Brasília para que pudesse se defender.
— O juiz violou o procedimento no qual tenho foro privilegiado. Meu advogados entrarão com uma reclamação para que o processo venha para o STF. O juiz acha que é o dono do país. Já que estou sendo acusado, que o processo venha para o STF — disse Cunha, acrescentando que o fato de as acusações terem sido feitas em depoimentos colhidos por Moro podem torná-las nulas.
MAIS DOIS ANOS DE INVESTIGAÇÃO
Em evento no Ministério Público Federal, em Belo Horizonte (MG), o procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou nesta sexta-feira que as investigações da Lava Jato devem durar até mais dois anos. 
- A expectativa nossa é mais um a dois anos. Vamos nos esforçar para apurar a responsabilidade de todas as pessoas e buscar a punição de todos os criminosos e o ressarcimento dos cofres públicos - declarou ele. 
Dallagnol disse que o problema da corrupção não é inerente a um partido ou um governante, e sim de uma prática comum no país que deve ser combatida.

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