terça-feira, 24 de março de 2015

POLÍTICA: Dilma pede engajamento de seus ministros na aprovação do ajuste

FOLHA.COM
NATUZA NERY
VALDO CRUZ
MARIANA HAUBERT
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BRASÍLIA

Pedro Ladeira - 23.mar.2015/Folhapress 
Os ministros Kátia Abreu, Gilberto Kassab (centro) e Nelson Barbosa após reunião com Dilma
A presidente Dilma Rousseff mobilizou nesta segunda (23) 12 de seus principais ministros e auxiliares para defender o ajuste fiscal.
Em reunião no Planalto, afirmou que, para salvar as contas públicas, o governo tem de se concentrar no corte de despesas e na aprovação do pacote no Congresso.
Ela pediu que os auxiliares atuem em suas bases.
Para o governo, a pressão aumentará nos próximos 40 dias, pois, após esse período, o projeto de lei que altera regras do programa das desonerações da folha de pagamento passa a trancar a pauta de votações no Legislativo.
O Executivo admite ceder em alguns pontos, mas teme que um calendário mais apertado lhe force a abrir muito o leque de concessões.
"Discutimos alternativas e posicionamento do governo, política de esclarecimento, coordenação parlamentar e também com a sociedade como um todo", disse o ministro Nelson Barbosa (Planejamento), escalado para negociar o ajuste no Congresso.
"Vamos aguardar a definição do cronograma de trabalho, das audiências, para que os representantes do governo compareçam e apresentem a defesa do que achamos que são medidas corretas, do tamanho necessário para eliminar algumas distorções [...], melhorando a execução desses programas", completou.
Na avaliação interna, a aprovação das medidas passa também pelo convencimento da opinião pública.
O ministro Gilberto Kassab (Cidades) afirmou que o Executivo precisa de uma política de comunicação para enfrentar as turbulências.
"Ficou definido também que, através da coordenação da Secretaria de Comunicação, vai haver a realização dessa organização para a comunicação do governo através dos ministros", disse Kassab após o encontro.
O ministro Thomas Traumann (Comunicação Social) não compareceu. Sua presença nas reuniões da coordenação política não é comum.
Na semana passada, um documento atribuído a ele gerou polêmica ao afirmar que a comunicação do governo tem sido "errada e errática".
Em dezembro, Traumann entregou uma carta de demissão. Acabou ficando por mais tempo a pedido de Dilma. Agora, assessores indicam que ele está próximo de sair.
Estiveram com Dilma o vice, Michel Temer, e os ministros Barbosa, Kassab, Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Jaques Wagner (Defesa), Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Giles Azevedo, assessor especial.

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