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Por MONICA BERGAMO
Uma outra pedra surgiu entre empreiteiras e o Ministério Público em torno de um acordo de delação premiada: as empresas não aceitam a cláusula que as impediria de questionar qualquer aspecto da investigação. A condição foi imposta ao delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e ao doleiro Alberto Youssef, que concordaram em retirar todas as ações que tentavam anular a operação.
LÍQUIDO E CERTO
Um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) já teria sinalizado às empresas que é inconstitucional proibir uma pessoa de questionar juridicamente aspectos do processo.
LÍQUIDO E CERTO 2
É consensual, no entanto, que empreiteiras não podem questionar, depois de assinada, a validade da própria delação premiada caso os benefícios, no fim do processo, não sejam aqueles imaginados por elas inicialmente.
MORDE E ASSOPRA
Nas conversas sobre acordo de delação envolvendo as grandes empreiteiras, a Polícia Federal, no entendimento delas, faz o papel do "tira bom", mostrando flexibilidade. O Ministério Público é o "tira mau", exigindo mais das empresas do que elas pretendem até agora revelar.
CIRCULANDO
Desde ontem circulava a informação de que uma ação específica contra a Odebrecht já tinha até apelido: Operação Apocalipse.
VOO LIVRE
Uma viagem de investigadores da Operação Lava-Jato à Suíça reforçava a impressão, ontem, de que a Operação Apocalipse já estaria em seus preparativos finais.
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