terça-feira, 16 de setembro de 2014

DIREITO: Procuradoria Geral Eleitoral pede suspensão de propaganda do PT que ataca Marina

De OGLOBO.COM.BR
POR EDUARDO BARRETTO

Em parecer enviado ao TSE, Janot diz que não vê ‘inverdade flagrante’ em inserção sobre o Banco Central
Em peça de propaganda, família vê comida ‘desaparecer’ com autonomia do BC - / Reprodução
BRASÍLIA - A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) enviou parecer, assinado por Rodrigo Janot, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) posicionando-se contra o direito de resposta à presidenciável Marina Silva (PSB) por propaganda eleitoral da candidata à reeleição à presidência, Dilma Rousseff (PT). Mas, mesmo assim, a PGE pediu também a suspensão da propaganda, por ver nela possibilidades de criar estados emocionais no público eleitor. A petista, nos dias 9, 11 e 12 deste mês, elencou pontos negativos de uma autonomia do Banco Central (BC). "Os bancos assumem um poder que é do Presidente e do Congresso, eleitos pelo povo", dizia o programa do PT.
Marina foi mencionada diretamente pela propaganda petista, em uma associação à autonomia do BC. Foi dito que a consequência da posição de Marina Silva "significaria entregar aos banqueiros um grande poder de decisão sobre a sua vida e de sua família", e dar aos bancos um poder que é dos poderes Executivo e Legislativo, de acordo com o programa eleitoral petista.
A coligação de Marina alegou que a propaganda ultrapassou a crítica política, e utilizou pânico e ameaças ao povo brasileiro, aventando um cenário sombrio caso a socialista suba a ramba do Planalto.
Em parecer enviado ao TSE, a PGE afirma que os trechos da propaganda não são "inverdade flagrante", e que não há direito de resposta em casos de crítica, comentário ou afimação genérica: "A referida afirmação, ainda que controvertida, se insere dentro de um contexto de opinião pessoal acerca de um plano de governo. Ainda que a visão de que a autonomia do Banco Central signifique a entrega aos 'banqueiros' de um grande poder de decisão sobre a vida das pessoas, não constitui inverdade flagrante, apta a ensejar direito de resposta. Trata-se, quando muito, de uma interpretação polêmica acerca de um tema de relevância política", diz o parecer.
Entretanto, o documento também pede que a propaganda seja suspensa, por reconhecer uma aptidão do anúncio eleitoral de criar estados mentais, emocionais ou passionais nos eleitores. Para a PGE, a propaganda foi "forte e controvertida". "Seus limites, entretanto, não podem ser ultrapassados, a ponto de criar um cenário ad terrorem ou tendencioso, apto a gerar estados emocionais desapegados de experiência real", de acordo com o parecer enviado ao TSE.

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