segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SAÚDE: Droga secreta contra ebola foi usada em missionários americanos, diz CNN

De OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Medicamento experimental conhecido como ZMapp impede o vírus de entrar e infectar novas células mas nunca tinha sido testado em humanos
NOVA YORK - Três frascos de uma droga experimental secreta, armazenados em temperaturas abaixo de zero, foram levados à Libéria na semana passada em um último esforço para salvar dois missionários americanos que tinham contraído ebola, de acordo com uma fonte familiarizada com os detalhes do tratamento que deu as informações à rede de TV americana CNN.
Em 22 de julho, o médico Kent Brantly acordou febril. Temendo o pior, ele imediatamente se isolou. Os sintomas de Nancy Writebol começaram três dias depois e um exame de sangue rapidamente confirmou a infecção em ambos, depois que eles apresentaram sintomas de febre, vômito e diarreia.
Acredita-se que os dois missionários americanos, da organização Samaritan´s Purse, contraíram ebola de um terceiro profissional de saúde no hospital da Libéria, embora a investigação dos Centros de Controle de Doenças ainda não tenha sido divulgada.
Um representante do Instituto Nacional de Saúde teria entrado em contato com o Samaritan's Purse na Libéria e oferecido o tratamento experimental, conhecido como ZMapp, para os dois pacientes, segundo a CNN.
A droga foi desenvolvida pela empresa de biotecnologia Mapp Biopharmaceutical Inc. Os pacientes foram informados que se tratava de um tratamento nunca tentado antes em humanos mas testado com sucesso em macacos.
De acordo com documentos da empresa, quatro macacos infectados com ebola sobreviveram após terem feito o tratamento dentro de 24 horas após a infecção. Dois dos quatro macacos adicionais que iniciaram a terapia dentro de 48 horas após a infecção também sobreviveram. Um macaco que não foi tratado morreu no prazo de cinco dias de exposição ao vírus.
Os familiares de Brantly e Writebol contaram que os dois sabiam do caráter experimental da droga e consentiram seu uso. Brantly só foi tratado depois de nove dias com a doença.
O medicamento é um anticorpo monoclonal testado primeiro em ratos. Esses roedores foram expostos a fragmentos do vírus ebola e, em seguida, os anticorpos gerados no sangue dos ratos foram colhidos para criar o medicamento. A droga atua impedindo o vírus de entrar e infectar novas células.
O vírus ebola provoca febre hemorrágica viral, que faz parte de um grupo de vírus que afeta vários sistemas orgânicos no corpo.

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