segunda-feira, 8 de julho de 2013

MUNDO: Violência contra partidários de Mursi aumenta impasse em Egito dividido

Do UOL

Um clima sombrio pairava sobre o Cairo na manhã desta segunda-feira após os relatos de que ao menos 42 pessoas foram mortas durante um protesto em apoio ao presidente deposto Mohammed Mursi.
A manifestação ocorreu em frente ao Quartel da Guarda Presidencial, onde acredita-se que Mursi esteja detido desde que foi forçado pelo Exército a deixar o poder na semana passada.
Localização do Cairo
Apesar de as circunstâncias do incidente não serem claras - o partido Irmandade Muçulmana, de Mursi, acusa os militares de abrirem fogo contra seus partidários, enquanto soldados dizem que um grupo terrorista seria responsável pela ação - o último episódio cai como uma bomba nos esforços de tentar instaurar o sistema democrático no país.
O incidente não é o primeiro. Na sexta-feira, três manifestantes pró-Mursi foram mortos no mesmo local. Diante do que qualificou de "massacre", o partido islamista linha-dura Nour, grupo salafista que apoiou o golpe contra Mursi, anunciou que vai se retirar das negociações com o presidente interino Adly Mansour para buscar uma saída para a crise política.
'Nova Síria'
De acordo com o correspondente da BBC no Cairo, Jim Muir, apesar de o partido islamita ter apoiado a ação do Exército, tem sido cauteloso com o isolamento da Irmandade Muçulmana e vetou a nomeação de dois possíveis primeiros-ministros que não incluíam a participação do partido no processo.
Um dos nomes rejeitados pelo Nour, o líder opositor Mohamed ElBaradei, condenou a violência e pediu uma "investigação imediata, independente e transparente", dizendo que o Egito necessita de reconciliação "desesperadamente".
O Partido Justiça e Liberdade - braço político da Irmandade Muçulmana - que conseguiu quase metade dos assentos na eleição histórica do ano passado, pediu aos egípcios que organizem um levante em resposta ao incidente contra os que estão tentando roubar sua revolução com tanques.
O grupo também pediu à comunidade internacional e a todas a pessoas livres do mundo que intervenham para evitar novos massacres e que o Egito se torne a "nova Síria".

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