terça-feira, 19 de março de 2013

POLÍTICA: Sai governabilidade entra "eleitorabilidade"

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Não é segredo para ninguém, pois tem sido apregoado com orgulho por todos os envolvidos em palanques de 2014, visíveis e invisíveis, que a reforma ministerial, ora em curso, visa única e exclusivamente acomodar aliados descontentes - e ameaçadores - no curral governista. A lógica é : cargos e influência em troca de votos populares que poucos têm e de tempo na televisão - que todos têm, nem que sejam alguns preciosos segundos para que os "marqueteiros" possam brincar de fazer propaganda política do mesmo modo que vendem sabonetes e iogurtes em tempos não eleitorais. O Brasil político já cultiva um vocábulo esdrúxulo - "governabilidade", em nome do qual, ou seja, de garantir ao governo uma certa paz no Congresso Nacional, praticam-se coisas que até Deus duvida.

Sai governabilidade entra "eleitorabilidade" - II

Agora, entrou em campo outra novidade no léxico político nacional - a "eleitorabilidade", em nome da qual, como se pôde ver pelas primeiras amostras da reforma ministerial que Dilma iniciou sexta-feira, praticam-se coisas que até o diabo dúvida. É em nome dessa eleitorabilidade que Dilma trouxe de volta ao centro do poder a turma do Carlos Lupi, do PDT, na figura do inexpressivo deputado Manoel Martins, sobre cujas credenciais para o Ministério do Trabalho ainda são desconhecidas. Foi por isso também que a presidente afagou o sempre insaciável PMDB, entregando a Moreira Franco, cuja intimidade com a aviação civil não passa de um passageiro comum ; e ao mineiro Antonio Andrade no Ministério da Agricultura, no caso um fazendeiro, mas que ganhou o posto não por seus méritos, mas para evitar que as ovelhas peemedebistas mineiras, famintas, se desgarrassem para a possível candidatura de Aécio Neves. Da mesma forma, o PR, escorraçado do Ministério dos Transportes, quando Dilma ainda vestia o uniforme de faxineira, por suspeita de estripulias no DNIT, na Valec e adjacências, será gloriosamente reabilitado quando a presidente voltar de Roma, onde hoje assiste a entronização de Francisco no trono de Roma.

Sai governabilidade entra "eleitorabilidade" - III

O risco é a busca excessiva de eleitorabilidade prejudicar, definitivamente, a verdadeira governabilidade que se exige de um governo : ação e competência. Para que se faça a "superação histórica" que o país necessita. Governabilidade, no Congresso, é uma espécie de gazua para os partidos se apossarem de nacos da administração pública. Dura realidade

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