Da FOLHA.COM
FÁBIO BRANDT
DE BRASÍLIA
O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou
nesta quinta-feira (14) que não poderá usar no relatório final da investigação
provas eventualmente anuladas pela Justiça. Segundo o senador, essa situação
fragilizaria muito a comissão.
"Vamos continuar usando-as, mas elas não vão ser elementos fundamentais no
relatório que será votado. No relatório nós teremos os indiciamentos que serão
pedidos pelo relator. Nós não podemos, nos indiciamentos, elencar provas que são
ilegais", disse.
A declaração do senador é relevante porque a Justiça Federal pode anular na
semana que vem provas contra o empresário Carlinhos Cachoeira, preso e suspeito
de chefiar uma máfia de jogos.
A defesa de Cachoeira afirma que a investigação começou com denúncia anônima,
o que não justificaria a realização de grampos telefônicos. Se essa tese for
acatada, áudios de centenas de conversas serão anulados como prova.
Na entrevista, Vital do Rêgo disse também que, no ritmo atual, a CPI não
conseguirá encerrar seus trabalhos no prazo original, 4 de novembro, e poderá
ser prorrogada.
Sobre a não convocação até agora de Fernando Cavendish, dono da empreiteira
Delta, e de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit), o presidente da CPI repetiu o que quase
todos os integrantes da comissão dizem: esses depoimentos vão acabar
acontecendo.
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