Do UOL
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27.mai.2012 - Marcelo de Jesus/UOLMédicos protestam contra a MP 568, que aumenta a carga horária dos servidores federais sem alterar a remuneração, e pedem mais qualidade na saúde pública, no último dia 27, no Rio; a MP será votada hoje
Médicos de hospitais federais incluindo os universitários prometem parar o
atendimento em 17 Estados e no Distrito Federal nesta terça-feira (12). Serviços
de urgência e emergência, no entanto, serão mantidos em todas as instituições,
de acordo com a Fenam (Federação Nacional dos Médicos).
A categoria protesta contra a MP (medida provisória) 568, que altera as
carreiras de profissionais de diversas áreas. No caso dos médicos, o texto prevê
que profissionais que atualmente mantêm jornada de 20 horas semanais no serviço
público tenham que cumprir 40 horas semanais pela mesma remuneração, segundo a
Fenam. A medida também contempla os aposentados, e a entidade estima que 42 mil
médicos ativos e inativos do Ministério da Saúde sejam atingidos em todo o
país.
A paralisação é organizada pelos sindicatos do DF e de São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão,
Sergipe, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Pará,
Acre e Amazonas.
A data escolhida para o protesto se deve à votação da MP 568 na Comissão
Mista do Congresso, marcada para esta terça-feira, às 14h. A Fenam informou que,
após o parecer do relator do caso, senador Eduardo Braga, cada sindicato
organizará uma assembleia para decidir se a paralisação será mantida por tempo
indeterminado.
Para o presidente da entidade, Cid Carvalhaes, a proposta representa um
“retrocesso em um país já tão castigado pela carência do Sistema Único de Saúde
e pela desvalorização dos profissionais de medicina”.
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