Do UOL
Davi Lemos e Franco Adailton
Erik Salles / Agência A TARDE
Festa típica em Senhor do Bonfim, no ano
passado
A pior estiagem dos últimos 30 anos, que tem afetado a vida de cerca de dois
milhões de baianos, espalhados por 246 municípios em situação de emergência,
também estende os efeitos aos festejos juninos. De acordo com a União dos
Municípios da Bahia (UPB), 47 cidades já alteraram ou cancelaram o calendário do
São João 2012, dentre elas Senhor do Bonfim (a 376 km de Salvador) e Amargosa (a
248 km), que reduziram os dias de festa.
Segundo o secretário de administração de Senhor do Bonfim, Cláudio Nunes, os
habituais cinco dias da festa na cidade caíram para três dias: 22, 23 e 24 de
junho. O investimento municipal foi reduzido de R$ 1,5 milhão, montante gasto em
2011, para R$ 900 mil este ano.
“É um ano atípico porque, além da seca que temos de enfrentar, o calendário
não ajudou com o São João no sábado e domingo”, lamentou Nunes, que vê no
cancelamento de festas vizinhas a chance de manter a arrecadação. “Pode ser que
o público aumente”.
A mesma expectativa é mantida pelo prefeito de Amargosa, Valmir Sampaio. A
cidade diminuiu de dez para quatro os dias de festa. “Esperamos receber cerca de
100 mil pessoas, o triplo da população da cidade, que é de 35 mil”, comparou. No
ano passado, diz o prefeito, foi investido R$ 1,5 milhão. Para 2012, ele prevê
um gasto de até R$ 1,3 milhão com a festa.
Segundo o presidente da UPB, Luiz Caetano, prefeito de Camaçari (Grande
Salvador), município que reduziu o São João de quatro para três dias, outras
cidades não afetadas pela seca também devem cortar os dias de festa.
“Para dar exemplo e demonstrar solidariedade”, alegou, ao informar seguir
determinação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que determinou cortes
nos gastos das cidades afetadas pela seca.
Turismo - A Secretaria Estadual do Turismo (Setur), por
conta da seca, reduziu em 20% o investimento nas festas dos municípios baianos.
O montante para este ano será de R$ 8 milhões – o valor deve ser distribuído para festas de 106 cidades. A Setur buscou investir também nas festas de municípios como Salvador, Ilhéus e Porto Seguro.
“Tínhamos junho como um péssimo mês para a hotelaria do litoral baiano.
Tivemos um avanço nos últimos quatro anos e somente uma das operadoras passou de
12 mil para 39 mil o número de pacotes de viagem vendidos para o Estado, no
período que vai de 1º a 30 de junho. O São João da Bahia contribuiu muito para
esse resultado”, afirmou o secretário do Turismo, Domingos Leonelli.
A Setur também não tem estimativa de quanto o Estado perderá por conta da
restrição de gastos com o São João. Somente nas três cidades com as festas mais
tradicionais – Amargosa, Cruz das Almas e Senhor do Bonfim – a expectativa de
fluxo de dinheiro era de R$ 25 milhões no ano passado. Em 2011, a ocupação nos
hotéis chegou a 100% em muitas cidades do interior, e, na capital baiana,
levantamentos da rede hoteleira apontaram ocupação de 50% no mesmo período.
Desde 2008 se registra aumento nos repasses do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) do governo do Estado para os municípios. Em 2010,
o repasse de ICMS chegou a R$ 301 milhões.
Do UOL
Davi Lemos e Franco Adailton
Erik Salles / Agência A TARDE
Festa típica em Senhor do Bonfim, no ano passado
A pior estiagem dos últimos 30 anos, que tem afetado a vida de cerca de dois milhões de baianos, espalhados por 246 municípios em situação de emergência, também estende os efeitos aos festejos juninos. De acordo com a União dos Municípios da Bahia (UPB), 47 cidades já alteraram ou cancelaram o calendário do São João 2012, dentre elas Senhor do Bonfim (a 376 km de Salvador) e Amargosa (a 248 km), que reduziram os dias de festa.
Comentários:
Postar um comentário