Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
O governo não admite publicamente que reduzirá,
como permitido pela lei de Diretrizes Orçamentárias, a meta de superávit
primário deste ano, abatendo do total parte dos investimentos do PAC. Vai deixar
simplesmente que ocorra. Avisar antes pode aumentar as desconfianças dos agentes
econômicos externos e obrigar o BC a continuar justificando a baixa contínua da
Selic. A ordem é acelerar os investimentos públicos - e como a arrecadação não
está subindo no ritmo previsto nem as despesas correntes estão de fatos
contidas, não dá para investir num ritmo maior do que foi feito até o fim de
maio e, ao mesmo tempo, ficar com o superávit cheio de 3,1% do PIB. Até os
milagres têm limite. É uma questão de matemática.
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