Do ESTADO.COM.BR
Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo
Defesa do senador tentou barrar investigação do Senado até que Justiça se posicione sobre legalidade das provas; para Carmen Lúcia, no entanto, assunto cabe ao Legislativo
BRASÍLIA - A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia negou
nesta sexta-feira, 15, o pedido de liminar feito pelo senador Demóstenes Torres
(sem partido-GO) para que seu processo no Conselho de Ética fosse suspenso.
Demóstenes queria que o Conselho de Ética aguardasse o julgamento da Justiça
Federal da validade das escutas telefônicas que embasam as investigações da
Polícia Federal e do Ministério Público na Operação Monte Carlo.
No entendimento da defesa, somente depois de saber se as provas são legais, o
Conselho daria seguimento ao processo de cassação de Demóstenes por quebra de
decoro parlamentar, por suas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira,
cuja atuação está sendo investigada também em comissão mista parlamentar de
inquérito.
Conforme a assessoria do STF, a ministra afirma na decisão, ainda não
liberada, que esse é um assunto interno do Legislativo e que não caberia ao
tribunal interferir.
A defesa sustenta que o senador não teve o direito de produzir provas
técnicas relacionadas às gravações de conversas telefônicas. Segundo os
advogados, houve cerceamento de defesa.
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