Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Há um alívio e até alguma satisfação com o fim oficial da "greve" da PM da Bahia e o fracasso da paralisação dos PMs do RJ. De fato, não havia outra saída para as autoridades senão enquadrar os rebelados, com a intransigência de nem ao menos discutir, agora ou no futuro, qualquer tipo de anistia, como se fez no passado recente com aprovação do Congresso e sanção da presidente Dilma. Há na democracia um princípio chamado "Estado de Direito" que é intocável. Porém, o problema que gerou a confusão na Bahia e no Rio e ameaçou avançar por outros Estados não foi eliminado com o enquadramento dos policiais baianos e fluminenses. A polícia continua ganhando muito mal de um modo geral, é mal treinada, tem péssimas condições de trabalho, com equipamentos insuficientes e muitas vezes obsoletos, não há uma política nacional de segurança pública eficiente nem políticas regionais de qualidade. Barrar a votação da PEC 300 - que equipara os salários dos policiais e bombeiros de todo o país aos dos mais bem pagos, de Brasília - não é uma rima nem uma solução. Empurrar a questão com a barriga, escudando-se na necessidade de manter o poder da autoridade e na desculpa de que as contas públicas não suportam mais gastos nesta área, é continuar alimentando o ovo de uma serpente venenosa e de grande poder de desestabilização social e política.
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