segunda-feira, 2 de maio de 2011

MUNDO: Hamas condena morte de "guerreiro santo" Bin Laden

Da FOLHA.COM
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS


O chefe da administração do movimento radical palestino Hamas, Ismail Haniyeh, condenou nesta segunda-feira a
operação americana que matou o "guerreiro santo árabe" Osama Bin Laden no Paquistão.
"Nós vemos isso como a continuação de uma política americana baseada na opressão e no derramamento de sangue árabe e muçulmano", disse Haniyeh, chefe da administração Hamas na faixa de Gaza.
Haniyeh ressaltou diferenças doutrinárias entre a rede terrorista Al Qaeda, liderada por Bin Laden, e o Hamas, mas afirmou que condena o assassinato de um "guerreiro santo árabe".
"Nós pedimos a Deus que ofereça a ele misericórdia com os verdadeiros fiéis e mártires", disse.
A morte de Bin Laden foi
anunciada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, na noite deste domingo. O Paquistão afirmou horas mais tarde que não havia participado, 'em acordo com a política dos Estados Unidos' de luta contra o terrorismo.
Um comando transportado por helicópteros das forças especiais da Marinha americana matou Bin Laden em uma casa muito protegida em Abbottabad, cidade 70 km ao noroeste de Islamabad. A ação
teria durado cerca de 40 minutos, começando 22h30 do horário local.
Obama disse ainda que o corpo havia sido levado sob custódia dos Estados Unidos --a imprensa americana menciona que o
sepultamento já foi feito no mar, mas a informação não foi confirmada.
"Nesta noite tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes." "A justiça foi feita", afirmou o presidente dos EUA.
Foi neste domingo, segundo o presidente, que deu a ordem para uma equipe de soldados dos EUA capturar Bin Laden. Obama afirmou que nenhum americano foi ferido. Funcionários do governo dos EUA detalharam que outros três homens e uma mulher teriam morrido no ataque.
"Finalmente, na última semana, eu determinei que nós tínhamos informações suficientes para agir (...) Depois de troca de tiros, eles mataram Osama bin Laden e tomaram seu corpo sob custódia", afirmou Obama.
"Nós não vamos tolerar ameaças a nossa segurança nacional ou aos nossos aliados. Não há dúvidas que a Al Qaeda continuará a atacar", disse ainda durante o pronunciamento, ressaltando o que disse George W. Bush quando presidente: que a "Guerra ao Terror não é contra o Islã". "A Al Qaeda é um destruidor em massa de muçulmanos", afirmou.
Enquanto ele falava,
centenas de pessoas estavam concentradas em frente à Casa Branca, em Washington, para comemorar com gritos de alegria e mensagens patrióticas a morte. Seguravam bandeiras, cantavam o hino nacional e bradavam "USA". Na Times Square, em Nova York, outra multidão tomou as ruas (veja as fotos).
Em um comunicado, o Ministério paquistanês das Relações Exteriores afirmou que o país não participou da ação e reconheceu que a morte do homem mais procurado do mundo --tido como mentor dos ataques do
11 de setembro de 2001 -- representa um "grande revés infligido às organizações terroristas do mundo" e "ilustra a determinação da comunidade internacional, e do Paquistão, de combater e eliminar o terrorismo".

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