quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

POLÍTICA: Plano de Leonelli de acumular Bahiatursa teria levado Celsinho a sair do PSB

Do POLÍTICA LIVRE

Um veto do ex-deputado federal Domingos Leonelli à indicação de Celsinho Cotrim para comandar a Bahiatursa pode ter sido o pivô do pedido de afastamento de um dos mais novos e promissores quadros do PSB baiano, esta semana. Escolhido secretário de Turismo pelo governador Jaques Wagner – depois de ter perdido a eleição para deputado federal pelo PSB -, por indicação da senadora socialista eleita Lídice da Mata, Leonelli teria como projeto, hoje velado, acumular também a presidência da empresa.
A idéia da troca no comando da Bahiatursa, hoje dirigida por Emília Silva, era planejada pelo PSB desde a eleição passada, quando Lídice se elegeu senadora e o partido se articulou para manter o controle da área de Turismo no segundo governo Jaques Wagner. O plano inicial de substituir Emília por Celsinho, que dirigia o PSB em Salvador, entretanto, foi mudado, depois que o governador confirmou Leonelli na pasta do Turismo, cargo que ele exercera antes da campanha.
A informação foi passada hoje a este Política Livre, surpreendentemente, por uma fonte muita ligada ao secretário. Segundo o mesmo quadro, irritado com o “senso de autonomia” de Celsinho, que é também filho do médico e ex-vereador Celso Cotrim (PSB), Leonelli teria montado uma estratégia para esvaziá-lo e impedir que assumisse posições públicas de destaque pela legenda, repetindo “um padrão a que se acostumou ao longo de sua vida pública”.
O primeiro sinal de que o relacionamento entre os dois não ia bem foi uma forte “desautorizada” pública que Leonelli deu em Celsinho, também segundo suplente de vereador do PSB em Salvador, ao anunciar, pela imprensa, que estava convidando o presidente do Olodum, João Jorge, e o produtor cultural Zulu para ingressarem na legenda e disputarem as eleições de vereador em Salvador em 2012 sem ter participado previamente a iniciativa ao presidente municipal do PSB.
Antes da medida, o secretário de Turismo teria ficado “possesso”, no dizer da mesma fonte, com a atitude do presidente municipal do PSB de, sem consultá-lo, vetar o pedido de filiação ao PSB do ex-vereador Arnando Lessa e de mais três lideranças ao partido, sob a alegação, feita numa reunião reservada do diretório municipal do partido, de que seu objetivo era eleger uma bancada genuinamente socialista e que não aceitaria que a agremiação fosse usada como barriga de aluguel.
Lessa, Lídice e Leonelli são próximos desde que ela foi prefeita de Salvador, quando, na condição de vereador, Lessa assumiu sua liderança na Câmara Municipal. “Celsinho avançou um sinal básico na relação com a dupla Lídice e Leonelli. Ele mostrou muito cedo, provavelmente por ingenuidade, que tem luz própria”, disse a mesma fonte, revelando apreensão com os rumos que o partido poderá tomar a partir de agora.
Segundo ela, por conta do perfil “concentrador” de Leonelli, Lídice foi aos poucos perdendo aliados “de valor” que poderiam auxiliá-la em projetos maiores, apesar de ser a figura “que tem voto e expressão pública e política” no PSB, o contrário, conforme faz questão de enfatizar, do secretário de Turismo. “A última eleição demonstrou o quanto Leonelli é eleitoralmente inconsistente. Apesar de ser uma figura muito forte e capaz, ele depende exclusivamente dela, mas parece o contrário”, completou.
Segundo a mesma fonte, demonstrando grande inteligência e diplomacia, Celsinho preferiu anunciar que deixaria o partido alegando problemas pessoais, sem querer se indispor com Lídice e Leonelli, mas na verdade teria relutado em abandonar a agremiação, da qual saíra bastante magoado. O Política Livre tentou, sem sucesso, ouvir o suplente de vereador do PSB, mas não obteve sucesso.
Comentário: recado ao último a sair: favor apagar as luzes...
Acorda Eduardo Campos!

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