terça-feira, 16 de novembro de 2010

MERCADO FINANCEIRO: Dólar vai a R$ 1,74 e atinge maior valor desde setembro

Do UOL
Da Redação, em São Paulo
A cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,93% nesta terça-feira (16), a R$ 1,74. Com isso, a moeda norte-americana atingiu o maior valor desde o dia 1º de setembro, quando era negociada a R$ 1,747.
No mês, o dólar ganha 2,17%. No ano, porém, ainda perde 0,17%.
O Banco Central (BC) fez um leilão de compra de dólar ao longo do dia. O valor aceito foi de R$ 1,74.
"Essa alta do dólar tem motivos particularmente externos. Os problemas de dívida na Irlanda e de inflação na China estão preocupando os mercados, que correm para ativos mais seguros", disse à Reuters Reinaldo Bonfim, diretor da Pionner Corretora.
As Bolsas de valores globais e as commodities sofriam consideráveis perdas nesta sessão, numa onda de aversão a risco em meio a temores de que a Irlanda não consiga pagar suas dívidas.
Apesar dos problemas que vêm afetando as finanças do país, Dublin nega a necessidade de um socorro emergencial, mas, segundo o Wall Street Journal, autoridades europeias avaliam um pacote entre 80 bilhões e 100 bilhões de euros.
Em discurso ao Parlamento nesta sessão, o premiê irlandês, Brian Cowen, disse que a União Europeia e a Irlanda devem encontrar uma solução confiável para a crise de dívida, que tem levado os custos de empréstimos por Dublin às máximas recordes desde a criação do euro.
Não bastassem os problemas na Europa, a China também não deu trégua aos investidores. Pequim anunciou que vai efetuar controle sobre preços de alimentos e combater especulações nas commodities agrícolas, numa tentativa de frear a inflação.
A medida sugere que o país pode estar prestes a adotar um novo aperto monetário, o que reduziria o apetite por matérias-primas, principal produto da pauta de exportações brasileira.
Os analistas do HSBC lembraram que o real vem demonstrando um desempenho mais fraco nas últimas sessões, citando que pesadas posições vendidas em dólar tornaram as cotações mais vulneráveis à correção.
Desde 4 de novembro, último dia em que o dólar caiu, os investidores estrangeiros reduziram em 27% suas apostas na valorização do real, diminuindo a posição vendida em dólares a US$ 11,776 bilhões nos mercados futuro e de cupom cambial (DDI) da BM&FBovespa.
"Mas o real também tem sofrido por ameaças de intervenção. Investidores permanecem nervosos e não inclinados a voltar para a moeda, sabendo do risco de mais medidas de controle de capital", disseram em relatório.
O operador de uma corretora em São Paulo, que pediu anonimato, notou ordens de "stop loss" quando a cotação alcançou R$ 1,735.
(Com informações de Reuters)

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