terça-feira, 26 de janeiro de 2010

POLÍTICA: Escutas da Operação Expresso transformam Wagner e OAS em alvos de peemedebistas

Do POLÍTICA LIVRE

Depois que o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) resolveu palpitar sobre o conteúdo de uma confusa reportagem publicada pelo jornal A Tarde no último domingo, a respeito de uma suposta disputa entre os empresários de ônibus e as construtoras OAS e Odebrecht pela gestão e implantação das vias exclusivas de coletivos em Salvador, defendendo que o fato fosse investigado pelo Ministério Público, o governador Jaques Wagner (PT) e a OAS viraram alvo dos peemedebistas, acusados de estarem por trás da operação pretensamente denunciada pelo matutino.
Como a origem da informação foram escutas telefônicas justificadas pela Operação Expresso, com que a Polícia baiana investigou denúncias de pagamento de propina na Agerba, e nas quais o advogado Carlos Barral aparece acusando Wagner de possuir relações escusas com a OAS, o primeiro a pedir uma investigação sobre as supostas “ligações perigosas” do governador com a construtora foi o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), a partir de contato feito com este Política Livre, ainda ontem à noite.
O deputado estadual Luciano Simões, geddelista, prossegue na estratégia de envolver o governador com a OAS, empresa de César Mata Pires, sogro do ex-senador ACM. Ele anuncia que vai apresentar pedido ao MP para que seja investigado o processo para a construção do novo estádio da Fonte Nova, vencido pelo consórcio formado pelas construtoras OAS e Odebrecht. O deputado alega que estava aguardando apenas a assinatura do contrato entre o consórcio e o governo para solicitar a ação do Ministério Público, mas isso é conversa para boi dormir.
O custo estimado da obra é superior a R$ 591 milhões. Além de denunciar “a ausência de licitação”, Simões diz considerar suspeito o fato de meses antes da assinatura do contrato “o governador Jaques Wagner ter mudado a diretoria da Conder”, colocando na presidência do órgão o engenheiro Milton Villas Boas, “até então funcionário da OAS”. A Conder é o órgão do governo encarregado do projeto e construção do novo estádio. Aliás – o adendo é do Política Livre - a Conder também é responsável pela Via Expressa, outra obra do governo a cargo da OAS.

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