terça-feira, 7 de agosto de 2018

ECONOMIA: Bolsa descola do exterior e cai quase 1%; dólar encosta em R$ 3,77

FOLHA.COM
Anaïs Fernandes
SÃO PAULO

Bolsas globais avançaram, enquanto dólar perdeu força pelo mundo

Os mercados brasileiros descolaram do exterior nesta terça-feira (7) com rumores sobre o cenário eleitoral.
O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa, operava praticamente estável pela manhã, alcançando os 81.742,39 pontos. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), no entanto, começou a cair, chegou a perder 1,2%, e fechou em baixa de 0,87%, a 80.346,52 pontos.
O dólar, que abriu a R$ 3,717, chegou a cair para R$ 3,704, mas fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,767.


"Hoje foi um dia de boataria e efeito manada", diz Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante. Ele ressalta que o volume financeiro foi alto, de R$ 12 bilhões. "A média do ano é de R$ 9 bilhões. O fato de ter um volume forte com queda rápida pode indicar algum boato que corre e acaba pegando", afirma.
Operadores nas mesas do mercado financeiro relataram rumores sobre a eventual implicação de um presidenciável em delação premiada e especulações sobre o resultado da pesquisa CNT/MDA, da Confederação Nacional do Transporte, que aponta intenções de voto para presidente, governador e senador em São Paulo. O resultado será divulgado às 11 horas desta quarta-feira (8). Procurada, a CNT ainda não se manifestou.
Com a movimentação, o mercado brasileiro se descolou do exterior.
Lá fora, o dólar perde força ante 26 das 31 principais divisas do mundo. O real, porém, lidera a desvalorização em relação à moeda americana.
"Na dúvida, é melhor estar comprado [em dólar] do que vendido. O investidor tenta se cobrir e se garantir", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
As bolsas globais também operam no azul. O Dow Jones, principal índice de Nova York, subiu 0,50%.
Na Europa, os principais mercados fecharam em alta.
"A política nacional vai ter um peso maior sobre a volatilidade da Bolsa. Enquanto não começar a propaganda eleitoral, no fim do mês, vai ser assim: boatos, ataques e 'fake news' puxando o mercado", diz Guimarães. ​

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