sexta-feira, 29 de junho de 2018

ECONOMIA: Dólar fecha a R$ 3,889 e Bolsa sobe mais de 1%

OGLOBO.COM.BR
POR ANA PAULAL RIBEIRO

Moeda americana acumula valorização de 4% no mês

A moeda americana iniciou os negócios da sexta feira em queda ante o real - Arquivo

SÃO PAULO — O dólar registrou mais um dia de valorização refletindo ajustes no mercado interno e o fortalecimento da divisa americana frente às moedas de emergentes. O dólar encerrou o pregão com ganho de 0,82% ante o real, cotado a R$ 3,889. No mês, a alta acumulada chega a 4,07%. Já o Ibovespa, principal índice de ações local, subiu 1,38%, aos 72.762. No mês, no entanto, o índice recua 5,2%.
O ambiente político até que contribuiu para o pregão. A decisão de que o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será julgada em plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu um certo alívio ao ânimo dos investidores. A data da votação será definida pela ministra Carmen Lucia. 
- O último dia útil do semestre é uma data importante para os investidores institucionais no sentido de demonstrar a performance realizada. Aliado ao fato de que o recurso de Lula no STF vai a plenário, o o dia deve ser bem positivo no mercado local - avaliou Rafael Bevilcqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos.
Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, lembra que o última dia do mês costuma ser de maior volatilidade no mercado de câmbio porque é a Ptax (cotação apurada pelo BC) que serve de parâmetro para a liquidação dos contratos do mercado financeiro. 
- O mercado esteve muito ligado à formação da Ptax. Além disso, é um dia que o Banco Central não costuma atuar, então acabam ocorrendo diversos ajustes técnicos - explicou. 
No exterior, o "dollar index", que mede o comportamento da divisa american frente a uma cesta de dez moedas, operava em queda de 0,81% perto ao horário de encerramento dos negócios no Brasil. No entanto, ao considerar apenas as moedas de emergentes produtores de commodities, o dólar se fortalecia.
Os investidores ainda repercurtiram os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA. O índice subiu 0,2% de maio ante abril, abaixo da expectativa de 0,4%.
PETROBRAS E VALE SUSTENTAM BOLSA
A Bolsa subiu atrelada ao movimento externo de menor aversão ao risco. Em meio a isso, os investidores aguardam a divulgação de novas pesquisas eleitorais. A próxima, em nível nacional, deve ser a do site Poder 360°, prevista para ser divulgada até segunda-feira. Na pesquisa mais recente, da CNI, a pré-candidata da Rede, Marina Silva, aparece em empate técnico com Jair Bolsonaro. 
Entre as ações mais negociadas, as preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras subiram 3,55%, cotadas a R$ 17,19. Já as ordinárias (ONs, com direito a voto) registraram valorização de 2,69%, a R$ 19,42. O petróleo do tipo Brent subia 2,04%, a US$ 79,44 o barril.
Também fecharam em terreno positivo os papéis da Vale, que subiram 1,05%. Os bancos, de maior peso na composição do índice, também tiveram ganhos. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco subiram, respectivamente, 1,74% e 1,85%.
O Dow Jones, nos Estados Unidos, fechou em alta de 0,23%, e o S&P 500 teve leve valorização de 0,08%. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em alta de 1,06%, e o FTSE 100, de Londres, subiu 0,28%.

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