sexta-feira, 4 de maio de 2018

LAVA-JATO: Operação 'Câmbio, Desligo' prende quatro no Uruguai

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Dario Messer, o principal alvo da força-tarefa, ainda não foi localizado


PF realiza operação contra doleiros - Uanderson Fernandes / Agência O Globo

RIO - Agentes da Polícia Federal liderados pela força-tarefa da Lava-Jato do Riocumpriram, até a manhã desta sexta-feira, 37 dos 53 mandados de prisões contra doleiros e operadores envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que atinge a cifra de US$ 1,652 bilhão. Na tarde de ontem, foram presos os uruguaios Francisco Muñoz Melgar, de 36 anos, e Raúl Zóboli, de 53, e os brasileiros Jorge Davies Cellini, de 59 anos, e Raúl Fernando Davies Cellini, de 48. Os quatro foram pegos no Uruguai, onde mantinham residência, e serão extraditados para o Brasil dentro de um prazo de 40 dias. Os dois brasileiros são irmãos e se mudaram para o país, respectivamente, em 2003 e em 2012.
O principal alvo da operação, o doleiro Dario Messer, ainda não foi localizado. Batizada de "Câmbio, Desligo", no Rio, policiais federais cumpriram mandados em endereços no Leblon e em Ipanema, na Zona Sul, onde foi preso Sergio Mizrahy, outro doleiro do esquema. Os alvos são acusados de cometer os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva.
Essa foi a maior operação da Lava-Jato do Rio em número de prisões. Ao todo, foram expedidos 49 mandados de prisão preventiva (por prazo indeterminado) e quatro de prisão temporária (cinco dias) no Brasil e no exterior. Só no Brasil, foram 33 prisões.
— Essa talvez é a maior operação contra lavagem de dinheiro desde a operação do Banestado — afirmou o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Rio, Eduardo El Hage.
Os presos no Uruguai têm longa carreira no ramo de lavagem de dinheiro. Jorge Davies Cellini controlava, em 2015, a Interbaltic, primeira instituição financeira fechada por participação na rede de lavagem de dinheiro da corrupção na Petrobras. Localizada em Montevidéu, durante oito anos, até seu fechamento, foi um dos vértices das triangulações financeiras internacionais para pagamento de propinas a políticos brasileiros. Os dois uruguaios, Raúl Zóboli e Francisco Munõz, entraram na lista da CPI do Banestado, em 2004, onde também figurava Dario Messer.
ÚLTIMAS DE BRASIL

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |