quarta-feira, 28 de março de 2018

VIOLÊNCIA: Cármen Lúcia autorizou reforço na segurança de Fachin e familiares

OGLOBO.COM.BR
POR RENATA MARIZ / ANDRÉ DE SOUZA

Medidas foram tomadas antes do ministro relatar publicamente ameaças

A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF - Ailton Freitas/Agência O Globo/22-03-2018

BRASÍLIA — A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, informou por meio da assessoria da corte que já autorizou medidas para reforçar a proteção ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato na corte, antes mesmo de ele relatar à imprensa ameaças sofridas. Ela determinou aumento de agentes que fazem a escolta permanente do ministro e de familiares dele em Curitiba.
Por solicitação da ministra, duas delegadas da Polícia Federal, especializadas em segurança para casos de magistrados ameaçados no país, foram à capital paranaense para verificar as providências mais eficazes a serem adotadas, segundo as informações prestadas.
Cármen Lúcia também encaminhou ofício a todos os ministros do STF para saber da necessidade de alteração e aumento do número de agentes de segurança. A corte não divulga quais ministros têm escolta nem o número de servidores envolvidos na proteção de cada um por questões de segurança.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que colocou a Polícia Federal (PF) à disposição do ministro. Segundo Jungmann, o diretor da PF, Rogério Galloro, conversou com o ministro. Entretanto, Fachin disse, que por enquanto, não precisa reforçar sua segurança pessoal.
Jungmann disse que, mesmo assim, a PF tem duas equipes prontas, uma para ajudar na segurança do ministro, se for necessário, e outra para abrir um inquérito sobre o caso.
Em entrevista ao programa de Roberto D´Ávila na Globonews, o ministro disse que sua família vem sofrendo ameaças. Ele pediu providências à presidente do STF e à Polícia Federal.
— Uma das preocupações que tenho não é só com julgamento, mas também com a segurança de membros da minha família —disse o ministro. — Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família.
Fachin, que substituiu o ministro Teori Zavascki, morto em janeiro de 2017 em acidente aéreo em Parati, na relatoria dos processos da Lava-Jato no STF, disse ainda ter solicitado “algumas providências” à presidente do STF e à PF “por intermédio da delegada que trabalha no tribunal”.
— Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu efetivamente ando preocupado com isso, e esperando que não troquemos fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema — disse.

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