quarta-feira, 6 de setembro de 2017

LAVA-JATO: PF levou 14 horas para contar os R$ 51 milhões achados em 'bunker' que seria de Geddel

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Além de R$ 42 milhões, foram encontrados outros US$ 2,6 milhões na maior apreensão de dinheiro já realizada no Brasil

RIO - A Polícia Federal levou aproximamente 14 horas e precisou de sete máquinas para terminar de contar a dinheirama, entre reais e dólares, encontrada no apartamento de Silvio Silveira, que teria cedido o local para que o ex-ministro Geddel Vieria Limaguardasse os pertences de seu pai já falecido. No "bunker" localizado no bairro da Graça, em Salvador, a somatória impressiona tanto quanto a foto das oito malas e seis caixas que guardavam o 'tesouro': R$ 42 milhões mais US$ 2,688 milhões: R$ 51 milhões no total. Trata-se da maior apreensão em dinheiro já realizada no Brasil.
Geddel, que já foi ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, cumpre prisão domiciliar na capital baiana, a pouco mais de 1 km de onde foi encontrado o dinheiro. Ele é também é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas interessadas na liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF), banco no qual o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. A localização do “bunker” foi possível após investigações nas últimas fases da Operação Cui Bono, que apura o envolvimento do ex-ministro.

PF apreende dinheiro em imóvel supostamente ligado a Geddel - Divulgação

Outra operação, a Sépsis, também lançou suspeitas sobre Geddel, relativas ao pagamento de propinas para conseguir créditos no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa.
Geddel é reú em processo em que é investigado por obstrução de Justiça. O ex-ministro é suspeito de tentar impedir que o doleiro Lúcio Funaro fizesse uma delação premiada. Na denúncia apresentada à Justiça Federal, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o ex-ministro teria tentado atrapalhar a Operação Cui Bono. O episódio levou à prisão preventiva de Geddel em julho deste ano, mas ele foi solto pouco tempo depois.
Geddel deixou o governo em novembro do ano passado, após o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusá-lo de ter pressionado para a liberação de licença para um empreendimento imobiliário na Bahia. Até o momento, a defesa de Geddel ainda não se manifestou sobre a operação da PF.

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