quarta-feira, 9 de setembro de 2015

POLÍTICA: Cunha diz que governo está se ‘autodestruindo’ ao sugerir aumento de impostos

OGLOBO.COM.BR
POR SIMONE IGLESIAS

Presidente da Câmara defende redução drástica de gastos

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira que o governo está se ‘autodestruindo’ ao propor novos impostos para conter o déficit orçamentário. Ele afirmou ser contra o aumento do Imposto de Renda, a recriação da CPMF ou qualquer outro tributo.
— É uma estratégia de desgaste do governo. O governo está se autodestruindo. É um Maquiavel ao contrário: faz mal aos poucos, o que é pior, sem concretizá-lo. Você ameaça o mal. Isso é de uma falta de inteligência inominável — disse Cunha.
Segundo ele, o governo tem que reduzir drasticamente os gastos.
— O que estamos vendo é o governo tentando passar a conta para a sociedade. Sou contra qualquer aumento de impostos. Não há condições de achar que vamos passar esse sinal para a sociedade, enquanto o governo mantém uma máquina ineficiente a custo elevado — disse Cunha.
Uma ideia discutida ontem à noite, em reunião entre o vice-presidente Michel Temer, ministros, governadores e congressistas do PMDB, é mudar o sistema de partilha para a concessão do pré-sal. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ) deverá apresentar um requerimento de urgência para fazer a alteração, e Cunha se comprometeu a colocar em pauta na próxima semana.
— Essa mudança traria recursos para o governo sem ônus para a sociedade — defendeu o presidente da Câmara.
FINANCIAMENTO DE EMPRESAS DEVE SER REJEITADO
A Câmara vota hoje a reforma política que foi finalizada ontem pelo Senado. Cunha disse que os deputados não deverão manter o fim do financiamento empresarial às campanhas eleitorais. Chamou de "situação esdrúxula" a mudança feita pelos senadores, já que a Câmara aprovou a manutenção em dois turnos e cabe a ela a palavra final sobre o assunto.
Quanto à restrição da contratação de pequisas eleitorais por órgãos de empresas e partidos um ano antes das eleições, Cunha também afirmou que deverá mudar. O Senado aprovou a medida.
— Sou contra. Se depender de mim, tira. É uma questão de liberdade de opinião — afirmou o presidente da Câmara.

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