quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

NEGÓCIOS: Governo negocia com bancos públicos novo socorro às elétricas

ESTADAO.COM.BR
ANNE WARTH E ADRIANA FERNANDES - O ESTADO DE S. PAULO

BNDES, Banco do Brasil e Caixa foram procurados para avaliar a possibilidade de uma terceira parcela de financiamento; empresas precisam de R$ 2,5 bi para pagar despesas com compra de energia
Falta de chuvas preocupa setor de energia
Os bancos públicos foram consultados para fechar um novo empréstimo para socorrer o setor elétrico. OBroadcast, serviço em tempo real daAgência Estado, apurou que Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa foram procurados para avaliar a possibilidade de uma terceira parcela de um financiamento para as distribuidoras.
Juntas, as empresas precisam de R$ 2,5 bilhões para pagar despesas com a compra de energia no mercado de curto prazo. O Broadcast apurou que a maior possibilidade é que o BNDES assuma a missão.
No ano passado, os bancos emprestaram R$ 17,8 bilhões para as distribuidoras pagarem gastos com as termelétricas e com a compra de energia no mercado à vista. O volume, porém, foi suficiente para bancar apenas as despesas até outubro. A parcela de novembro, de R$ 1,6 bilhão vence no dia 12 de janeiro. O gasto de dezembro, que deve ser pago em fevereiro, deve somar R$ 900 milhões.
Parte do governo avalia que não há clima para firmar um novo empréstimo. Outra ala acredita que o financiamento é uma alternativa melhor que aportes do Tesouro Nacional, medida utilizada em 2013. Diferentemente de aportes diretos, os empréstimos são avaliados como uma solução de mercado e não afetam a meta fiscal. Embora tenham participado da primeira e da segunda operação, as instituições privadas não foram procuradas desta vez, pois o governo avalia que não há interesse desses bancos. O empréstimo já aprovado tem carência até outubro de 2015 e pagamentos programados entre novembro de 2015 a novembro de 2017.
A primeira parcela do socorro às elétricas, de R$ 11,2 bilhões, foi fechada com base no custo do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) mais 1,9% ao ano. A segunda, de R$ 6,6 bilhões, ficou em CDI mais 2,35% ao ano. Para pagar o empréstimo, os consumidores terão suas contas elevadas em 8% pelos próximos dois anos.

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