quarta-feira, 13 de março de 2013

POLÍTICA: O quadro com 5 candidatos

Do PORANDUBAS POLÍTICAS

Se Serra entrar no pleito e se Marina conseguir formar seu partido antes de outubro, a moldura seria composta por : Dilma, candidata governista, e mais quatro candidatos de oposição : Serra, pelo PPS; Eduardo Campos, pelo PSB; Marina, pela Rede Sustentabilidade e Aécio, pelo PSDB. Nesse caso, as possibilidades de um segundo turno são bastante previsíveis, mesmo sob um cenário de estabilidade econômica, crescimento médio do PIB e bolso cheio da galera das margens com a grana das Bolsas. Mas há outras hipóteses a considerar. Vejamos.

O fator Marina
Digamos que Marina Silva não consiga arrumar a sua Rede. Teria duas alternativas : ser vice do Serra, na chapa do PPS. Nesse caso, teria de ingressar no partido ou em outro que firmasse parceria com a sigla de Roberto Freire. Ou poderia compor a chapa de Eduardo Campos, do PSB. Este consultor acredita que esta última hipótese é mais provável, levando-se em conta o passado de Marina e a identidade tucana de Serra, mesmo que este venha a sair do PSDB. Campos/Marina seria uma chapa mais identificada com novidade, coisa diferente.

Segundo turno
Em qualquer hipótese, confirmando-se a candidatura do governador de PE, a questão se apresenta desta forma : com quem Campos faria parceria em um segundo turno ? Com o candidato tucano Aécio Neves ou com a presidente Dilma, considerando-se que sejam os mais prováveis candidatos a entrar na segunda rodada eleitoral ? Este consultor tem dúvidas. Lembro que Campos já me confessou uma vez : meu sonho é reunir a geração pós-64 e tomarmos conta do país. Naquela noite, em Comandatuba, essa geração abrigaria perfis como os Gomes (Ciro e Cid), Aécio Neves, Kassab e ele, Eduardo Campos, entre os mais visíveis. Por isso, não se pode descartar a possibilidade de Campos entrar na seara de Aécio, apesar da forte influência que deverá exercer, numa situação dessas, seu "irmão mais velho", Luiz Inácio Poderoso Lula da Silva.

Teria ele chances ?
Campos tem chances de entrar em um segundo turno ? Vejamos. Primeiro, teria de unir todo o PSB em torno de seu nome. Coisa complicada, quando se sabe que o governador Cid Gomes já manifestou sua preferência por Dilma, com o conselho ao correligionário para se preservar e ser candidato em 2018. Segundo, teria de conquistar o território do Sudeste, onde é um perfil praticamente desconhecido. SP, com 30 milhões de eleitores ; MG, com 15 milhões e RJ, com 12 milhões serão Estados decisivos. E Campos passa longe das urnas nesses três maiores colégios eleitorais do país. E mesmo no Nordeste, o maior colégio eleitoral é a Bahia, onde Campos também não tem penetração. Tudo isso pode mudar ? Sim. Mas a análise fria dos dados aponta para uma posição de parceiro menor em 2014.

E qual a vantagem ?
Ora, a vantagem de entrar na campanha de 2014 é mesmo o da meta da visibilidade. Desconhecido, o governador passaria a ser bastante conhecido. Aplainaria o caminho para a chegada ao pódio em 2018. Como sempre tem lembrado este consultor : a menor distância entre dois pontos na política nem sempre é uma reta como na geometria euclidiana. É uma curva. Que o digam Lula e tantos outros que colecionaram derrotas e, depois, foram glorificados pelas urnas.

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