terça-feira, 12 de março de 2013

POLÍTICA: Como o diabo gosta (ou a nova Dilma)

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

O "ministro sem pasta" do gabinete da presidente Dilma Rousseff, João Santana, está mais ativo do que nunca. O dedo do marqueteiro João Santana pôde ser visto na semana passada em várias ações da chefe. A principal foi o anúncio da eliminação dos impostos federais da cesta básica, agora acrescida de materiais de higiene pessoal. Foram eliminados o PIS/COFINS e o IPI, no que cabia. É meritória a mudança, isto não se discute. Estava ainda em estudos e a perspectiva oficial era de que fosse lançada no dia 1º de maio, nas comemorações do Dia do Trabalho. O discurso de sexta-feira, dia 8, era apenas para saudar o Dia Internacional da Mulher.

Como o diabo gosta (ou a nova Dilma) - II
No meio do caminho (ou do dia ?) surgiu uma pedra : pela manhã o IBGE anunciou outro incômodo índice de inflação, o IPCA de fevereiro, de 0,6%, superior a todas as previsões, de fora e de dentro do governo. A inflação anualizada foi jogada para 6,31%, com as previsões já apontando para o estouro do cume da meta (6,5%) em março. Os assessores de Dilma continuaram falando em "paciência" e "prudência", que era preciso esperar os efeitos das medidas adotadas nos últimos meses e que, no segundo semestre, a situação se inverterá. Dilma, porém, está em tempos eleitorais e, assim, entrou em campo a necessidade de combater a má notícia com um ato positivo. Veio, então, a redução dos impostos e o discurso da noite, visivelmente adaptado na última hora. É um movimento que se verá cada vez mais daqui para frente. A questão política condicionando as ações econômicas.

A força das palavras
Sinal ainda desses tempos é o novo linguajar e o novo estilo de Dilma, visível nos dois palanques que ela ocupou na semana passada : no CE, na quarta-feira, e o televisivo, na sexta-feira. A presidente desfrutou, por assim dizer, momentos de Lula, do melhor Lula em comícios. Como, quando, por exemplo, disse que na hora da eleição se pode fazer "o diabo", que "as casas que o governo está entregando são também boas para tomar uma cervejinha", e quando avisou que "quem está no poder é uma mulher e, por isso, agressores em geral devem tomar cuidado". Sai a gerente tecnocrata entra a política de palanque. Quem ganha e perde com essas mudanças ?

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