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COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Ações de elétrica continuam no foco dos investidores
SÃO PAULO - O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fixou-se no campo positivo, no fim da manhã, depois de abrir a sessão em queda. Por volta de 13h13m, o índice subia 0,34% aos 58.400 pontos. As ações de elétricas continuam no foco dos investidores, já que termina hoje o prazo para que as empresas decidam sobre a renovação das concessões seguindo o novo modelo proposto pelo governo federal. O dólar comercial opera em queda nesta terça-feira e às 13h17m a moeda americana estava sendo negociada a R$ 2,108 na compra e R$ 2,110 na venda, uma baixa de 0,47%.
O Banco Central divulgou nesta terça-feira a Circular 3.617, elevando de um para cinco anos o prazo para a modalidade de pagamento antecipado de exportações que fica isento de taxação. As operações acima desse prazo continuam pagando alíquota de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como operações normais de crédito. A medida foi anunciada um dia depois da realização de três intervenções do BC no mercado de câmbio para baixar a cotação do dólar.
- O governo corrigiu uma distorção das medidas macroprudenciais, anunciadas em março passado, para evitar o chamado 'tsunami cambial', que poderia valorizar o real. Com a medida, amplia-se a liquidez no mercado de câmbio já que mais dólares devem entrar no país - diz João Medeiros, sócio da corretora Pionner.
Entre as ações mais negociadas do índice, Vale PNA cai 0,49% a R$ 36,51; Petrobras PN opera em alta de 0,57% a R$ 19,12; OGX Petróleo ON cai 0,68% a R$ 4,33; Itaú Unibanco PN perde 0,66% a R$ 32,79.
As ações PN da Companhia de Transmissão de Energia Paulista (Cteep) apresentam a maior alta do Ibovespa, com valorização de 6,22% a R$ 32,29. Segundo um operador de mercado, as ações da Cteep sobem após diretores da empresa afirmarem em teleconferência com analistas que esperam que a indenização por investimentos não amortizados em ativos de transmissão de energia até maio de 2000 seja corrigida pela inflação (IPCA), mais 4%. Além dos R$ 2,9 bilhões já anunciados, a empresa espera receber mais R$ 3 bilhões. Os valores das indenizações adicionais ainda não foram anunciados.
Os papéis PNB da Eletrobras caem 0,31% a R$ 9,60, enquanto as ações ON da estatal caem 0,40% a R$ 7,43. Já as ações PNB da Cesp caem 1,89% a R$ 18,64, e estão entre as cinco maiores baixas do Ibovespa.
- O setor elétrico opera com muita volatilidade já que hoje é o último dia para decidir sobre a renovação das concessões pelo novo modelo proposto pelo governo federal - avalia a corretora Souza Barros, em relatório.
Celesc, Copel e Cesp decidiram não renovar as concessões. Eletrobras e Cteep aceitaram as novas regras e vão renovar as concessões. E a Cemig deixou a decisão para hoje.
Entre as maiores altas, estão os papéis de construtoras. PDG realty ON sobe 5,38% a R$ 3,33 e MRV ON avança 4,76% a R$ 12,33. Esse papéis são beneficiados com o anúncio de que o setor terá desoneração da folha de pagamento.
No mercado doméstico, a produção industrial cresceu 0,9% em outubro, na comparação com o mês anterior. Mas o resultado ficou abaixo da média de 1,2% prevista pelos analistas. Em relação a outubro de 2011, houve crescimento de 2,3% interrompendo uma sequência de 13 quedas consecutivas.
Na Europa, as principais Bolsas sobem. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, avança 0,31%; o Dax, do pregão de Frankfurt, tem ganho de 0,16%; o Cac, da Bolsa de Paris, sobe 0,54% e o FTSE, da Bolsa de Londres, opera com leve alta de 0,01%. Os investidores acompanham a reunião dos ministros de Finanças, que discutem a criação de um órgão de supervisão único para os bancos. O encontro acontece um dia após a Grécia anunciar uma recompra de € 10 bilhões em títulos de dívida com vencimentos entre 2023 e 2042.
"As bolsas europeias registram ganhos, puxadas pelo setor financeiro que é beneficiado pela notícia de recompra dos bônus gregos e pelas discussões acerca da união bancária na região" - escreve em relatório o economista Octávio de Barros, diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco.
Em um dia sem a divulgação de indicadores importantes nos EUA, os investidores voltam sua atenção para as negociações entre republicanos e democratas para evitar o chamado 'abismo fiscal'. Trata-se um corte de gastos e aumento de impostos de cerca de US$ 600 bilhões que entra em vigor automaticamente em janeiro. as Bolsas operam sem tendência definida: o S&P 500 sobe 0,18%; o Dow Jones ganha 0,22% e o Nasdaq perde 0,29%.
O líder republicano na Câmara dos Representantes, John Boehner, apresentou na última segunda-feira uma proposta para cortar US$ 1,4 trilhão em gastos e elevar as receitas em US$ 800 bilhões. A Casa Branca rejeitou a proposta.
"O obstáculo (para o acordo) é a recusa dos republicanos em aceitar um acordo equilibrado que preveja aumentos de impostos para os mais ricos" - disse o secretário de Imprensa da Casa Branca, Jay Carney.
Na Ásia, as principais Bolsas fecharam sem tendência definida. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de 0,27%; o Kospi, da Bolsa de Seul, perdeu 0,25%. Na China, o índice Xangai Composto, subiu 0,78%, enquanto o Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, avançou 0,15%.
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