Do UOL
A redução média da conta de luz do brasileiro será de 20,2% no início de
2013, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em evento sobre
política de energia em Brasília, nesta terça-feira (11). O percentual é maior do
que havia sido anunciado na quinta-feira da semana passada (6) pela presidente
Dilma Rousseff.
Na ocasião, ela havia dito que a conta de luz ficaria 16,2% mais barata, em
média, no início de 2013. As indústrias também vão pagar menos: uma redução de
até 28%. Na quinta, Dilma também falou sobre as medidas que o
governo vem adotando para fortalecer a economia e combater os efeitos da
crise.
O objetivo do corte na conta de luz é ajudar a economia a ser mais
competitiva. "Isso significa baixar custos de produção e preços de produtos para
gerar renda e emprego."
Presidente diz que Brasil vai dar um "salto" na economia
Segundo o pronunciamento de Dilma na semana passada, a redução dos gastos com
energia apoiará o crescimento. "São bases concretas para sermos um dos países
com melhor infraestrutura e menor custo."
Para Dilma, o "Brasil criou modelo de desenvolvimento inédito. Nem mesmo a
maior crise financeira da história conseguiu nos abalar fortemente."
A presidente afirmou que a economia brasileira teve uma queda "temporária",
mas vai melhorar, "Tivemos uma redução temporária no índice de crescimentos, mas
temos condições objetivos para novo salto."
A presidente disse que o país está bem e vai melhorar mais. "O Brasil, depois
de tirar 40 milhões da pobreza e se transformar na sexta maior economia do
mundo, prepara-se para dar novo salto, num momento em que o mundo se debate num
mar de incertezas."
Eliminação de taxas ajuda a reduzir conta de luz
Além da eliminação ou redução de encargos, contribuirá ainda para uma redução
maior dos preços, principalmente da indústria, a renovação das concessões de
usinas e linhas e transmissão, cujos contratos vencem a partir de
2015.
O governo vai mudar a lei atual para permitir a renovação das
concessões, desde que as empresas aceitem retirar das tarifas o repasse dos
investimentos já amortizados.
A ideia seria antecipar os efeitos da
renovação para 2013, em vez de esperar os contratos vencerem em 2015 para que o
benefício seja sentido pelos consumidores.
A redução do custo da energia
é um dos principais pedidos do setor industrial brasileiro para a melhora da
competitividade do país. O setor está sofrendo com a crise internacional, e vem
sendo foco de preocupação tanto do governo quanto do mercado, sendo apontado
como o principal empecilho para uma retomada mais forte da economia.
(Com informações da Reuters)
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