Formulário está indisponível no site. PF diz que
há excesso de consultas sobre andamento
BRASÍLIA — A greve da Polícia Federal está comprometendo o pedido e a entrega
de passaportes. Na manhã desta sexta-feira, o procedimento para tirar novo
documento — que deve ser agendado pela internet — estava indisponível. Segundo a
assessoria de imprensa da PF, isso acontece devido a um problema na página, com
excesso consultas sobre o processo de atendimento — feitas por pessoas que
tentaram retirar o passaporte nos postos da PF ou entregar os documentos para
iniciar o processo e não conseguiram por causa da greve.
Até ontem, o formulário para tirar novos passaportes podia ser preenchido na
página da PF. Porém, não era possível terminar o processo, com a visualização da
autenticação. Nesta sexta-feira, essa página também estava indisponível. O
sindicado dos policiais federais no Distrito Federal e a Federação Nacional dos
Policiais Federais (Fenapef) negam que o acesso ao formulário tenha sido
interrompido propositalmente, para evitar a marcação das entregas de
documentos.
A quinta-feira foi o primeiro dia de operação-padrão da Polícia Federal no
Aeroporto de Guarulhos, o maior da América Latina, e levou o caos à área de
embarque internacional. A espera para chegar aos aparelhos de raio-X chegava a
uma hora e meia. Após as 17h40m, os voos saíram com uma hora de atraso. A
operação começou às 16h30m, e agentes da PF revistavam todas as bolsas e malas,
inclusive com cães farejadores.
Segundo a Fenapef, a greve dos policiais federais atinge todas as delegacias
e unidades do País. Nos aeroportos a operação-padrão provocou filas em Porto
Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em Vitória (ES) os policiais
realizaram também operação-padrão no porto.
A Fenapef divulgou que ontem os presidentes dos sindicatos regionais e
representantes do comando de greve realizaram uma videoconferência nacional,
quando foi definida a continuidade da greve dos policiais. Eles afirmam que o
governo ainda não apresentou proposta.
Funcionários de diversos órgãos federais estão em greve. Segundo
interlocutores da presidente Dilma Rousseff, ela está muito contrariada com o
movimento e com a forma como os sindicatos estão conduzindo as negociações.
Todos os ministros e autoridades de órgãos afetados pelo movimento foram
orientados a acionar a Advocacia-Geral da União (AGU), que recorrerá à Justiça
para garantir o funcionamento dos serviços essenciais. A ministra do
Planejamento, Miriam Belchior, disse ao GLOBO que o governo fez o que podia, ao
atender as reivindicações dos professores e técnicos administrativos das
universidades federais.
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