sexta-feira, 3 de junho de 2011

POLÍTICA: Dilma anuncia ampliação do Bolsa Família

Do blog do NOBLAT

Chico de Gois, Demétrio Weber e Luiza Damé, O Globo

Brasil Sem Miséria foi lançado ontem com incorporação de 800 mil novas famílias ao programa de benefícios

A presidente Dilma Rousseff lançou ontem o Plano Brasil Sem Miséria, conjunto de ações para acabar com a pobreza extrema até 2014 e cumprir sua principal promessa de campanha.
O carro-chefe é o Bolsa Família, já reajustado em abril, e que será ampliado de duas formas: o número de filhos com direito ao benefício variável subirá de três para cinco, e 800 mil novas famílias serão incorporadas ao programa — que hoje chega a 12,9 milhões de lares.
Orçado em R$ 20 bilhões por ano — dos quais R$ 16 bilhões já iriam para o Bolsa Família de qualquer jeito —, o Brasil Sem Miséria prevê medidas segmentadas para o campo e as cidades.
Uma delas é repasse de R$ 2,4 mil, em parcelas semestrais de R$ 600, para quem vive no campo, como incentivo à produção agrícola. Outra é a criação da Bolsa Verde, de R$ 300 por trimestre, a moradores pobres de unidades de conservação que preservem o meio ambiente.
O objetivo do governo é alcançar os 16,2 milhões de brasileiros (8,5% da população) que sobrevivem com até R$ 70 por mês, segundo dados preliminares do último Censo do IBGE. Daí que a expressão-chave do novo plano é a "busca ativa", isto é, esforço a ser empreendido pelo governo federal em conjunto com estados e municípios para localizar os mais pobres e inseri-los na rede de proteção social.
Programas de educação e qualificação profissional buscarão formar 1,7 milhão de trabalhadores nas cidades. Haverá ações para capacitar catadores de lixo e material reciclável, além da construção de cisternas e a oferta de energia elétrica.
— Temos de fazer mais, num ritmo maior — resumiu a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.
Lançado com pompa, em solenidade que lotou o Salão Nobre do Planalto, o Brasil Sem Miséria veio a público sem ainda estar concluído. Tereza disse que o programa de microcrédito, uma das apostas para gerar trabalho e emancipar a população pobre, está em fase final de elaboração.
O governo tampouco definiu o percentual de miseráveis que será considerado tolerável, já que nenhum país consegue zerar, de forma absoluta, o número de extremamente pobres.

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