quinta-feira, 17 de junho de 2010

POLÍTICA: Dossiê - 'Vocês querem editar o aloprado 2?'

Do blog do NOBLAT
Em audiência realizada há pouco no Congresso, o delegado aposentado da Polícia Federal (PF) Onézimo Sousa apresentou sua versão aos parlamentares sobre o episódio de criação de dossiê contra o candidato José Serra.
Segundo Onézimo, um dos integrantes da campanha de Dilma ofereceu a ele “dois tiros fatais” contra Serra.
Principais pontos:
Convite para participar do encontro com integrantes da coordenação de campanha da Dilma, para a montagem da equipe de arapongas:
“Foi ele [Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, sargento da reserva da Aeronáutica] o mensageiro que trouxe a mensagem que o comitê de uma determinada candidata, Dilma, queria falar comigo”.
“Estrategicamente não aceitei ir à casa [em Brasília, onde se localiza o QG de campanha de Dilma] e nós marcamos para ir a um restaurante”.
Participação do coordenador de campanha de Dilma e ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel:
“O convite inicial teria partido dele [Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, um dos coordenadores da campanha de Dilma], mas em nenhum momento tive contato com ele, mas com pessoas que falavam em nome dele".
Encontro para acerto do contrato com a equipe de campanha de Dilma:
“Esperava a figura do coordenador que seria o senhor Fernando Pimentel. Estranhamente durante a reunião apareceram três pessoas que não conhecia. Lanzetta [Luiz, então coordenador de comunicação da campanha de Dilma], Amaury [Ribeiro Jr, jornalista] e Bené [empresário Benedito de Oliveira Neto, responsável pelo pagamento de parte das despesas da campanha de Dilma]”.
“Quem se apresentou como representante do senhor Pimentel foi o Lanzetta. O outro foi apresentado como a pessoa que seria responsável por efetuar os pagamentos, que se apresentou como Bené”.
Primeira fase do serviço: “proteção da casa”:
“Proteção da casa, proteção do fluxograma de documentação, as medidas seriam essas, proteger as instalações físicas. O contrato estava atrelado a isso”.
“Eles me narraram os problemas que estavam tendo, não restava dúvida que realmente estava tendo problema de vazamento...Existia essa guerra [dentro da coordenação de campanha de Dilma] entre paulistas e mineiros”.
“Ai eu questionei: a quem vou me reportar? Notei que meu contrato começou a fazer água ali, porque não tinha interesse de investigar esse fato [vazamento]”
Quanto?
“Houve uma proposta de cerca de R$ 160 mil por mês, por um período de 10 meses. [O valor total] alcançaria R$ 1,6 milhão”.
"Pagamento seria em dinheiro".
Segunda fase do serviço: “alopragem”
“Perguntaram [no encontro] da possibilidade de se saber tudo do candidato [Serra]. Para um bom entendedor um pingo é letra. Um deles expressou de forma direta, vi que eles eram leigos. Um deles tentando me entusiasmar me falou de viagens internacionais e que tinha dois tiros fatais contra o outro candidato à presidência, o Serra. Não me interessei sobre o assunto”.
“Bati na mesa e usei a expressão bem característica: ‘vocês querem editar o aloprado 2?’”.
“Não aceitei o serviço”.

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