sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

POLÍTICA: Lula diz que não participará de campanha onde houver palanque duplo

De O GLOBO on line

TRÊS LAGOAS (MS) - No tudo ou nada em busca de uma aliança nacional com o PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que está disposto a não apoiar até mesmo o PT nas disputas aos governos estaduais caso o seu partido force uma divisão nos palanques regionais, o que prejudicaria diretamente a campanha presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Após evento ao lado do governador do Mato Grosso do Sul, o peemedebista André Puccinelli, e do ex-governador do estado, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, Lula deixou claro que não participará de campanha em estados onde não se repetir a possível aliança com o PMDB.
"Não acredito muito na história de dois palanques. A gente tem que resolver o problema nacional, depois os estados "
- A gente tem que resolver o problema nacional, depois os estados. Mas se em algum estado não tiver possibilidade de construir uma aliança, o que vai acontecer é que o presidente da República não participará da campanha naquele estado - disse ele, após uma visita à fábrica de celulose da Fíbria/Votorantim, em Três Lagoas (MS).
- Não acredito muito na história de dois palanques - reiterou Lula, fazendo ainda um apelo a lideranças locais do PT: - Gastem os argumentos que tiverem que gastar para que possamos fazer uma aliança em todos os estados.
Em entrevista ao jornal "Estado de S. Paulo", publicada nesta sexta-feira, o presidente afirmou que Dilma também não poderá subir em dois palanques :
- O que pode acontecer é que uma candidata à Presidência tenha dois governadores apoiando, mas imaginar que ela pode subir em dois palanques é impossível. O que vai acontecer é que em alguns estados ela não vai poder ir - ressaltou Lula.
Lula diz que STF tem autoridade para decidir intervenção no DF
Sobre a especulação de que o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), teria permanecido no cargo a pedido do governo federal, Lula desmentiu a informação. ( Ouça o que Lula disse sobre a conversa com Paulo Octávio )
- Ele já fez um desmentido. O problema é que quando vocês estabelecem uma nota, vocês não querem mudar. O que eu disse foi que o governo não podia tomar nenhuma decisão enquanto a Suprema Corte não decidisse o que vai acontecer com Brasília. Essa é a lógica. A Suprema Corte é que está com autoridade para dizer se vai ter ou não intervenção.
"Não existe vontade pessoal do presidente. E se ele não der opinião, melhor ainda"
Indagado se era a favor ou contra a intervenção, disse:
- Não existe vontade pessoal do presidente. E se ele (o próprio presidente) não der opinião, melhor ainda.
Depois de um discurso em que falou sobre a forma como o Brasil enfrentou a crise econômica do ano passado, com destaque à possibilidade de geração de empregos, fim da dívida com o FMI e o reflexo na auto-estima do brasileiro, o presidente falou sobre a informação de que ainda não havia respondido ao questionário sobre o mensalão do DEM , encaminhado pelo Superior Tribunal Federal (STF). ( Parecer da Procuradoria Geral da República defende que prisão de Arruda seja mantida )
- Isso é a Advocacia Geral da União que recebe, é o meu advogado. Quando ele preparar, a resposta estará lá. É a contribuição que queremos dar para o processo - disse ele.

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